quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pseudo-problemas (não comparência dos adeptos nos jogos fora e jogo a realizar em Angola).

Não vejo qualquer problema pela falta de unanimidade de opiniões no Benfica. Mal estaria qualquer instituição, seja ela clube, país ou outra coisa qualquer, se todas as decisões tomadas pelos órgãos decisórios tivessem que ser acompanhadas pela unanimidade da população em causa. O Sport Lisboa e Benfica tem direcções eleitas e com legitimidade para tomarem as decisões que no seu entender forem as mais adequadas para o clube. Cabe aos associados avaliarem o trabalho de gestão do clube nas eleições e cabe às direcções explicarem devidamente as suas opções. Penso que isto é linear. Em relação às situações em causa, não acompanho as opiniões daqueles que referem que a presença dos adeptos nos estádios seja uma crítica à direcção. Cabe a cada adepto, em função da informação cedida pela direcção, avaliar a sua escala de prioridades; isto é, cabe a cada adepto avaliar se, para si, é mais importante estar presente no estádio a apoiar a sua equipa ou faltar, e neste caso, castigar os clubes cujas direcções pactuam com a falta de decoro existente no futebol português. Na minha opinião, esta dicotomia de opiniões acaba por beneficiar o Benfica, visto que permite à equipa ter apoio nos estádios e, por outro lado, permite que os clubes visitados não tenham a receita que, porventura, esperariam ter. Em relação ao segundo aspecto, temos que ter em mente que, hoje em dia, os clubes mais importantes do mundo precisam desesperadamente de encontrar novos mercados para o desenvolvimento da sua marca. O mercado angolano surge, assim, como uma oportunidade de ouro (eu diria que, em qualquer altura da época desportiva). Com certeza que, a equipa técnica, irá encontrar o equilíbrio necessário na gestão do plantel e irá reduzir ao mínimo qualquer possível desvantagem desportiva. Em suma, na minha opinião isto são pseudo-problemas.