quinta-feira, 31 de maio de 2012

Avante P'lo Benfica - Hino Oficial do SL Benfica (letra)



O verdadeiro Hino do S. L. e Benfica

No espaço de poucos dias, Pinto da Costa referiu-se ao Benfica, sem o nomear (o simples facto de o nomear parece que lhe queima a língua) como sendo “o clube do tempo do fascismo”, e chamou “burros” aos benfiquistas, sem nunca os nomear (a sigla do clube só é usada quando os adeptos e jogadores precisam de se animar com uns cânticos onde chamam nomes às mães dos adeptos do clube dos mouros), a propósito da nomeação de Pedro Proença para apitar a final da Champions. O país não se indignou. A imprensa desportiva assobiou para o lado. O estatuto de impunidade dá o direito a PC de insultar quem quer, de caluniar quem lhe apetece e de incitar ao ódio e à violência sem que ninguém o incomode. 
Uns dias depois, no Dragão Caixa, o Benfica sagrou-se campeão de basquetebol, vencendo com dificuldade mas com mérito um adversário de grande qualidade, o que deu mais brilho à vitória. No final de um jogo em que o árbitro não interferiu no resultado, os treinadores cumprimentaram-se, como mandam as regras do fair play. 
Mas, quando o jogo acabou, a culminar um clima de insultos e intimidação, os ânimos dos adeptos do FCP exaltaram-se. Agrediram os jogadores, levando a que a polícia não conseguisse garantir a ordem e a segurança e que a Taça fosse entregue ao vencedor nos balneários. Ao que se diz, Carlos Lisboa, treinador do Benfica, não terá resistido a responder às provocações e aos insultos com um gesto menos elegante. Tanto bastou para que o chefe do FCP entrasse no ringue e virasse o ónus da violência para o clube vencedor (como fizera com os famosos túneis da Luz), e vituperasse o comportamento da polícia que tentou, em vão, meter os adeptos do FCP na ordem. 
No dia seguinte, Luís Filipe Vieira decidiu finalmente responder ao chefe do FCP num discurso duro, pondo em relevo factos que são conhecidos da opinião pública. O que fizeram a maioria dos comentadores (incluindo alguns que se dizem benfiquistas!)? Meteram tudo no mesmo saco: os insultos de PC e o discurso de LFV, o gesto de CL e a violência dos adeptos do FCP. O medo impera. E o servilismo também.


António Pedro Vasconcelos 

«O Benfica conquistou o título nacional de basquetebol ao FC Porto, no pavilhão do FC Porto. Foi uma grande “bergônha”. A culpa foi do Carlos Lisboa, useiro e vezeiro, que não só é treinador do Benfica com também se chama Lisboa, só para provocar.

O pavilhão onde tudo se passou é obra recente. Já não é aquele velho pavilhão das Antas para onde o presidente do FC Porto, a 1 de Março de 1994, convocou os jornalistas e os sócios do clube vendo-se forçado a anunciar a iminente chegada ao local da GNR - “a pretexto de que está aqui uma bomba”. Lembram-se? Mas o presidente do FC Porto não se acobardou: “Se estiver aqui uma bomba eu espero que ela expluda!” – disse o grande pacificador, o nosso Dalai Lama da bola. E a casa veio abaixo. Em aplausos, felizmente. Não me entendam mal. Este episódio dramático não foi o princípio de nenhuma era. Foi antes a consagração de um regime já plenamente reconhecido na Assembleia da República e noutros órgãos de soberania. A culpa disto é, foi e sempre será de Lisboa.

E exemplos não faltam. Alguns anos antes, em 1983, quando Lisboa era treinador da equipa de futebol do Benfica que foi às Antas jogar com o FC Porto a final da Taça de Portugal, diligentemente transferida do Jamor, também houve grandes faltas de respeito pelo público da casa.
O Benfica ganhou a final por 1-0, Lisboa não se aguentou, festejou provocatoriamente o saboroso triunfo no campo do adversário e, por culpa do seu treinador, os jogadores do Benfica receberam o troféu no relvado mas regressaram às cabinas com muita, mas mesmo muita dificuldade debaixo de uma grande e mais do que justificada saraivada de legítimo desagrado.

Em 28 de Abril de 1991 voltou-se ao mesmo. Lisboa fora escandalosamente reconduzido como treinador da equipa de futebol que foi ao estádio das Antas ganhar por 2-0. E praticamente conquistar o título outra vez na casa do rival. Também desta feita Lisboa voltou a fazer das suas provocações.. Valeu à honra dos ofendidos a bravíssima intervenção de um polícia “à civil” que “encabeçou um grupo de indivíduos”, pacifistas, que se encarregam de aplicar um espiritual correctivo aos gozões da Capital. E de tal forma que os dirigentes de Lisboa, provocadores, depois de “insultados, empurrados com brutalidade, agredidos a soco e a pontapé” viram-se obrigados, por cobardia, “a refugiar-se dentro de uma ambulância da Cruz Vermelha”, tal como viria a constar do relatório encomendado pelo Ministério da Administração Interna. E foi muito bem feito terem festejado o título dentro da ambulância que, para lhes fazer o gosto e fazer as honras da casa, até era Vermelha, da Cruz.

Alguns anos mais tarde, Carlos Lisboa, por ser eclético, já não era o treinador da equipa de futebol do Benfica mas sim o treinador da equipa de hóquei em patins do Barcelona que foi ao Porto conquistar ao FC Porto a final da Liga Europeia da modalidade. E, perante isto, estavam à espera do quê? Foi outra vergonha a que Lisboa, via Barcelona, foi fazer desta feita ao pavilhão Rosa Mota na presença do então ministro da Administração Interna, Fernando Gomes. Desconheço se houve relatório governamental sobre os incidentes. Mas a verdade é que, devido às atitudes provocatórias do treinador, reincidente nestes comportamentos – de levar o punho esquerdo à nádega esquerda e o punho direito à nádega do mesmo lado, de ambas as vezes com sugestivo ímpeto -, os jogadores de hóquei em patins do Barcelona não puderam festejar o título europeu em campo e tiveram de patinar a mil à hora até ao túnel que os protegeu da justa indignação popular.

Para mal dos nossos pecados, estas situações parecem não ter fim. Este país está numa decadência moral de tal ordem que Lisboa, depois de ter sido treinador de futebol e de hóquei em patins, surge-nos agora como, imagine-se só…, treinador de basquetebol. E não há quem o prenda! Infelizmente, Lisboa não só não mudou nem um bocadinho nestes anos todos como também já vai na terceira modalidade. É, digamos, a imagem viva da impunidade à solta.

Na semana passada, o Porto Canal nem conseguiu celebrar em sossego a sua noite recorde de audiências graças ao grande número de benfiquistas que sintonizaram a estação para verem Lisboa, outra vez - caramba! – a portar-se como o energúmeno que sempre foi e a impedir que os seus campeões pudessem festejar o título, outra vez, na casa do adversário, outra vez. É justo que se diga que durante o jogo, o público comportou-se de forma cívica e desportiva entoando cânticos para Lisboa e Companhia o santo tempo todo: “SLB, SLB, filhos da puta, SLB”. Se Lisboa não gostou do que ouviu a noite inteira não é por ter sangue nas veias em vez de água, como seria desejável a bem da tranquilidade do país. É porque, para além de grosseiro, é também ignorante. O presidente do clube anfitrião até já explicou publicamente, numa roda de jornalistas, que o conceito de “filho da puta” nos círculos em que se movimenta é muito diferente daquele que é atribuído por Lisboa.

Lisboa, sempre Lisboa, oh eterna culpa! Meu querido apagão.»

Leonor Pinhão.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Eduardo Barroso

Eduardo Barroso é presidente da mesa da assembleia geral de um clube que, ao longo dos anos, vem perdendo fulgor em todas as vertentes. Um clube que, enfrentando dificuldades financeiras bastante sérias, esbanja dinheiro a pintar mastros. Mas, o que é que preocupa Eduardo Barroso? O Benfica e o seu treinador CAMPEÃO de basquetebol. É tão ridículo que nem vale a pena acrescentar mais argumentos. Longos anos de dirigismo, na colectividade sportinguista, ao cirurgião Eduardo Barroso. 

Scolari explica saída de Vítor Baía da selecção - 29/05/2012



O Pinto da Costa deve ter uma vida difícil. Isto de fazer convocatórias para a selecção nacional, contratar treinadores para 4 ou 5 clubes, colocar jogadores nesses mesmos clubes, distribuir fruta e muitas outras coisas, é sobre-humano. O que dirá o Baía, depois de ter sido um joguete numa estratégia terrorista?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Uma questão de prioridades


Aprende Rodriguez: no Dragão, em caso de disputa entre uma cebola e uma maça, prevalece a fruta. Sempre a fruta.

domingo, 27 de maio de 2012

O que dá títulos

Para finalizar o assunto dos comunicados, quero só ressalvar que não é isto que dá títulos. Isto só serve para distrair a malta e para os dirigentes resolverem os seus assuntos pessoais. O que dá títulos é uma atempada e correcta programação da época, é uma protecção intransigente dos profissionais e do clube, é o honrar de compromissos e é ser credível para dentro e para fora.

Pinto da Costa ganhamos uma taça a uns caceteiros



Mais declarações cheias de fair-play. O respeito pelo Benfica é por demais evidente! Eu acho que isto só acontece em Portugal. No nosso país tudo é permitido. Nenhumas declarações têm consequências. Pode chamar-se ladrão, traficante, e tudo o que couber num comunicado, que nada disso tem consequências. Se isto não é a república das bananas... Pinto da Costa sempre demonstrou falta de desportivismo para com o Benfica, os seus dirigentes e adeptos e os portugueses do Sul do país. Nas suas declarações sempre houve fina ironia na tentativa de rebaixar o Benfica. Veiga e Vieira entraram no Benfica, com o intuito de jogar segundo as regras de Pinto da Costa. Não sei se este é o caminho correcto ou se existe outro. Quando olho para os nossos vizinhos da 2ª circular, fico ainda com mais dúvidas. Certeza tenho uma, preferia que o jogo fosse mais "limpo". Que os dirigentes respeitassem os adeptos dos outros clubes. Este tipo de declarações seria impensável em Inglaterra, por exemplo. Destroem o futebol e promovem ódios.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Rollerhockey Fans Fight FC Porto vs Barcelona Hoquei em Patins 2000



Estas situações podem acontecer em qualquer lado, mas convém que sejam censuradas pelos dirigentes. Reafirmo, isto pode acontecer em qualquer lado, mas tem que ser censurado. Não há provocação que justifique a violência.

O que o Carlos Lisboa fez foi feio. E isto?



O que aconteceria se os jogadores do Benfica fizessem algo semelhante, denegrindo outra instituição que merece respeito?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sem fina ironia


Sobre conquista do título nacional de Basquetebol

Luís Filipe Vieira: “Foi uma vitória desportiva, uma vitória da verdade”



O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, recebeu esta quinta-feira, dia 24 de Maio, os Campeões Nacionais de Basquetebol. Na sua intervenção, o líder “encarnado” elogiou o desempenho da equipa orientada por Carlos Lisboa e lamentou os incidentes registados no final do quinto e último jogo do play-off da modalidade.
“A minha primeira palavra não pode deixar de ser de orgulho, de admiração, de agradecimento a todos vós pela vitória, mas sobretudo pelo exemplo que nos deixaram.
Deram a todo o país uma demonstração clara de tudo quanto ao longo de anos temos vindo a denunciar.
A vossa vitória de ontem não foi apenas a vitória desportiva, não representou apenas o 23.º título a nível do basquetebol, foi uma vitória da verdade, da coragem, foi a vitória de quem soube sofrer as consequências de ir ganhar a uma casa que não tem dignidade nas derrotas!



Parabéns Carlos por seres o treinador e o homem que és!



Parabéns à equipa, porque ontem deram uma enorme demonstração do que é o Benfica!
O que ontem se passou no Dragão é uma vergonha para o Desporto, para o país, uma vergonha para as instituições desportivas!
Só não é uma vergonha para quem não tem, nem nunca teve vergonha na cara!
O que alguns fizeram ontem, mas também na véspera do jogo, foi demasiado grave para ficar impune.
E ainda têm a lata de falar de apagões? Quando a sua história foi marcada por fruta, corrupção e compadrio?
Têm a lata de falar de verdade desportiva quando o seu sucesso foi construído com base na maior mentira do desporto português?
O sistema ainda não acabou. O sistema de hoje continua construído na intimidação, na violência, nos favores.
As nossas razões podem não chegar à UEFA, como não chegaram as “escutas da fruta”, como não chegaram para a justiça portuguesa as “escutas do café com leite”!
Mas nós não vamos parar enquanto não limparmos o desporto português.
Burros não são os que acreditam na mudança.
Burros são os que acreditam que isto nunca vai mudar!
Burros são os que acreditam que a impunidade vai durar para sempre!
Mas será que alguns dirigentes deste país só gostam da actuação da Polícia quando esta os avisa que tem de fugir para não serem presos?
Na vida como nos livros:
Um ladrão não deixa de ser ladrão por declamar poesia!
Um ladrão não deixa de ser ladrão por ir ao Papa!
Um fugitivo da justiça não o deixa de ser apenas porque alguns juízes decidiram assobiar para o lado!
Posso garantir-vos que vamos continuar a denunciar e a combater o sistema, o tempo que for necessário, seja no Basquetebol, no Futebol, no Andebol ou no Hóquei!
Alguns muros já caíram, mas não vou descansar enquanto houver árbitros, delegados e dirigentes que tenham medo, que se sintam condicionados por ameaças e represálias.
Não vou descansar enquanto algumas Federações continuarem a ter medo de agir com liberdade. Só espero que o sistema não venha agora a atacar no Hóquei, porque não tenham dúvidas de que vamos estar muito atentos!
Para o Carlos Lisboa e toda a equipa, o meu muito obrigado pela maneira como vestiram a camisola. Pela forma como lutaram durante o jogo e pela forma como souberam sofrer depois do jogo.
O vosso exemplo orgulha o Clube, orgulha os benfiquistas e orgulha todos aqueles que gostam de ganhar limpo!”

Benfica vs Chelsea - Hino Champions league

Ola John Bem Vindo ao Benfica • "The Young with Talent" • HD

Ola John no Benfica


Grande contratação do Benfica. Muito futebol tem este menino. Finalmente, parece que estamos a aperfeiçoar a nossa estratégia no mercado. Parabéns à direcção do Benfica por esta contratação. Agora, por favor não vendam o Witsel ou o Javi Garcia.

Inevitabilidade cósmica

Quando o conceito de um certo determinismo genético é promovido no sentido da inevitabilidade cósmica, assente em "o nosso destino é vencer", acontecem incidentes como ontem aconteceram no Dragão Caixa.

Incidentes depois do FC Porto Benfica (Liga de Basquetebol 11 12 - Jogo 5)




Desacatos na final de basquetebol 2011/12


Não teria sido preferível, simplesmente, desligar a luz!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Benfica - campeão nacional de basquetebol 2011/12


Parabéns Carlos Lisboa.
Benfica campeão de basquetebol 2011/12. Negra ganha no Dragão Caixa (53-56).

jogadores do S.L.Benfica

Guarda Redes


Artur Moraes
Mika

Júlio César

Rafael Copetti

Oblak

Jose Costa

Bruno Varela



Defesas




Maxi Pereira

Luisao

Garay

Jardel

Capdevila

Emerson

Miguel Vitor

Luis Martins

Andre Almeida

Lindelof

Roderick

Carole

Fabio Faria

Shaffer

Daniel Wass

Leo Kanu

Sidnei

Joao Nunes

Fabio Cardoso

Joao Cancelo



Médios




Javi Garcia

Gaitán

Aimar

Bruno César

Matic

Nolito

Ruben Pinto

Witsel

Ruben Amorim

Enzo Perez

David Simao

Urreta

Carlos Martins

Nuno Coelho

Fernandéz

Leandro Pimenta

Élvis

Miguel Rosa

Felipe Menezes

Yartei

Airton

Nelson Semedo

Felipe Bastos

João Amorim

Raphael Guzzo

João Teixeira

Diego Lopes



Avançados




Oscar Cardozo

Saviola

Nelson Oliveira

Rodrigo

Yannick Djaló

Mora

Djaniny

Franco Jara

Alan Kardec

Alípio

Melgarejo

Manuel Liz

Eder Luiz

Helio Vaz

Derlis Gonzales

Sancidino

Helder Costa

Hugo Vieira




Estatísticas:
Total de jogadores: 72

Número Guarda-Redes: 7
Número Defesas: 20
Número Médios: 27
Número de Avançados: 18



Retirado do blog: serbenfiquista.com

Axel Witsel - SL Benfica vs Fc Twente



Vender Witsel, ao fim de um ano de Benfica, é errado. O jogador ainda não rendeu desportivamente para poder sair e financeiramente também não me parece ser a melhor altura. A Bélgica está fora do euro 2012. Na minha opinião, o mais correcto seria vender Cardozo (29 anos e título de melhor marcador do campeonato) fazendo regressar Kardec e dando mais oportunidades a Rodrigo e N. Oliveira.

ALAN KARDEC (Internacional 1x1 Santos) LIBERTADORES DA AMÉRICA 2012 [22 ...



Quando se fala em vender Witsel e Gaitan, eu pergunto: porque não vender Cardozo e Gaitan e recuperar o Kardec que está numa grande fase no Santos. 

terça-feira, 22 de maio de 2012

Análise da época



Agora que a época praticamente acabou e que já está definida a posição do Benfica, penso que está na melhor altura para fazer uma análise da época. Isto tentando ser o mais racional possível e tentando limitar o lado emocional que por vezes tolda o raciocínio.

Ao contrário da anterior que eu considero humilhante (por outros motivos), esta época acaba por ser frustrante. Uma taça da liga, o segundo lugar com direito acesso à fase de grupos da Champions, e os quartos da Champions acabam por serem conquistas emocionalmente insuficientes para alegrar os adeptos. Isto porque o objectivo principal que era o campeonato não foi conseguido, e porque a 11/02 após a jornada 18 estávamos sem derrotas, com apenas 3 empates, e com 5 pontos de vantagem sobre o segundo.

Até aí apenas tínhamos perdido um dos objectivos que era a taça de Portugal contra o Marítimo (uma das revelações desta época). Num jogo onde Jesus rodou jogadores (coisa pela qual é hoje bastante criticado por não ter feito). Num jogo sem Cardozo (castigado), Luisão (lesionado) Jesus deixou no banco Maxi, Javi e Aimar, para além da habitual troca de guarda-redes. A aposta recaiu em Eduardo, Jardel, Ruben, Matic, Rodrigo e Saviola, ou seja demasiadas alterações para um jogo tão difícil. O Marítimo teve muito mérito, e no final também tivemos uma pontinha de azar com Aimar, Rodrigo e Nolito a falhar lances aparentemente fáceis. As alterações ainda são discutíveis, porque algumas foram forçadas e outras podem estar condicionadas com o estado dos jogadores. Agora o Aimar deveria ter entrado mais cedo, antes do grande golo do Marítimo, quando o meio campo já não segurava a bola e o Saviola se arrastava.

A época ficou perdida com os jogos em Guimarães, Coimbra e em casa com o Porto. A partir daí ficou claro para mim que era pouco provável sermos campeões, dado que o adversário estava motivado, e acima de tudo organizado, nós estávamos desanimados, com a contestação em alta.

Em Guimarães após o jogo desgastante fora com o Zenit, e sem poder contar com o Javi, Jesus aposta em Matic, e deixa Witsel no banco. Depois de um jogo e de uma viagem desgastante, jogar apenas com Matic e Aimar no miolo, num campo complicado como é o do Vitória, é muito arriscado. O Guimarães jogou bem, tapou os caminhos da baliza e povoou o meio campo, marcou em lance de bola parada e teve mérito em segurar o resultado. O Benfica mostrou-se incapaz de criar perigo. Ganharíamos se jogássemos com um meio campo mais povoado? Não sei, possivelmente não, pois claramente pareceu faltar frescura física nos jogadores.

Em Coimbra o cenário foi diferente, equipa bem montada, bom jogo por parte do Benfica, pecámos apenas na finalização, onde tivemos várias oportunidades de fazer golo e algum azar, com mérito para os defesas da Académica. Nada a fazer. Tivemos ainda uma situação onde o árbitro cometeu a proeza de transformar um penalty claro onde Aimar é pontapeado numa falta atacante. Curiosamente começava aí uma série de jogos, onde os erros de arbitragem abundaram e penalizaram claramente o Benfica (apenas com uma excepção).

Chegamos ao clássico para jogar sobre brasas. Começamos muito mal, mas depois conseguimos equilibrar o jogo, e inclusive passamos a controlá-lo passando para a frente do marcador. Mas depois Aimar lesiona-se e Jesus faz uma substituição discutível trocando-o por Rodrigo, que entrou mal no jogo. A seguir mamamos um golo numa falha defensiva colectiva. Em seguida lesiona-se Garay e Emerson faz-se expulsar estupidamente. A jogar com menos um fomos encostados às cordas, e como se não bastasse mais um erro de arbitragem ao validar um golo em claro fora de jogo. Muitos aspectos a penalizar o mesmo jogo.

O resto foi a confirmação do adeus ao título. Tivemos um empate em Olhão, onde entrámos mal em campo, e onde até conseguimos jogar melhor com 10 do que com 11. Depois com a derrota em Alvalade, onde não pudemos contar com Aimar devido a uma punição bastante excessiva, comparada com vermelhos directos semelhantes. Aqui tivemos uma exibição descolorida, com muito mérito do Sporting, que embora nos desse muita posse de bola, nos punha em sentido com transições rápidas e onde existiram alguns erros de arbitragem. E finalmente em Vila do Conde, onde claramente já com o título entregue, fizemos os mínimos para sair de lá com um empate. Tivemos a curiosidade de Olegário voltar a arbitrar o Benfica e, certamente por coincidência, a não marcar mais 2 penalties a favor do Benfica tal como tinha feito em Guimarães na época passada, jogo que lhe valeu o jejum de em relação ao Benfica.

Começámos por perder o campeonato logo em Janeiro, onde na reabertura do mercado o nosso adversário fez uma limpeza do balneário, foi buscar 2 reforços (Janko e Lucho), e pôs um elemento para pôr o balneário em sentido (Paulinho Santos). Nós perdemos o Ruben Amorim para o Braga, o Enzo (que não chegou a aquecer) voltou à argentina, e fomos recuperar o André Almeida e o Djaló. A equipa já estava desequilibrada e ainda mais ficou, embora talvez tivéssemos também feito uma limpeza no balneário. Não colmatámos a nossa deficiência no lado esquerdo da defesa (no lado direito também não, mas por acaso não foi preciso), nem ganhámos um extremo credível para o lado direito. Depois foi na sucessão de 3 jogos onde perdemos 7 pontos e o primeiro lugar para o Porto. 

Resumidamente perdermos o título porque:
- Equipa desequilibrada por algumas apostas falhadas e saídas forçadas (Emerson, Capdevilla, Ruben Amorin, Enzo Perez, Djaló)
- Quebra de forma de alguns jogadores
- Alguns erros do treinador na abordagem a alguns jogos e em algumas substituições
- Quebra de força anímica da equipa
- Mérito do(s) adversário(s)
- Alguns erros de arbitragem
- Má estratégia na gestão do poder institucional"

 Escrito por Phantom74 (retirado do blog: O belo voar da águia)

Twente confirma rutura nas negociações por Ola John

Twente confirma rutura nas negociações por Ola John

Farto desta abordagem ao mercado por parte do Benfica. Todos os anos é a mesma porcaria. Quando se quer, não se perde tempo. Contrata-se e ponto final. Farto de ver o FCP ganhar títulos. Farto de ver o FCP ganhar jogadores que nos interessam. Farto deste Benfica amedrontado.

Ganso a caminho do FCP



Pelos vistos Ganso vai jogar no FCP na próxima época. É, tão só, o melhor 10 brasileiro. Um mago da bola. Se esta contratação avançar é um golpe de génio da direcção portista. Conseguir juntar na mesma equipa 3 futuros titulares da selecção brasileira, que vai tentar ganhar o título mundial em casa, é fabuloso. Alex Sandro, Danilo e Ganso sucedem a Luís Fabiano e Diego e demonstram que o poder negocial do FCP não tem paralelo em Portugal. Aparenta ser uma contratação programada há bastante tempo, tal como a de João Moutinho. Se isto se concretizar só tenho que dar os parabéns ao FCP e lamentar não ter este nível negocial e de planeamento no Benfica. Cá, os craques quando chegam, (Ramires, Witsel?) têm "guia de marcha" ao final do 1º ano, sem se poder explorar devidamente todo o seu potencial. No fundo, o clube funciona como placa giratória no sentido de permitir que os atletas se adaptem às exigências de um clube de top. O problema é que os próprios atletas jogam em função de um futuro contrato e não para o clube, chegando o próprio Benfica ao desplante de resguardar jogadores para salvaguardar futuras transacções. No fundo, a "marca" prevalece sobre as vitórias desportivas.

Pegadas na areia

http://estadio2.no.sapo.pt/joseveiga_vs_jorgemendes.htm

segunda-feira, 21 de maio de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Quem manda no Benfica


Quem manda no Benfica?

Há dias (no dia anterior à entrevista de Jorge Jesus à Bola) foi-me garantido que os maiores accionistas do Benfica tinham decidido mudar de treinador. Esta informação foi-me transmitida por alguém (por acaso, portista) muito bem relacionado com os altos comandos do Benfica. A ver vamos se a mudança se vai verificar ou não. O que me deixou perplexo foi o facto dos accionistas poderem impor decisões estratégicas para o clube, diminuindo a margem decisória do presidente da sociedade (que é ao mesmo tempo presidente do clube que é maioritário na Sad).


Estrutura accionista do Benfica:


Benfica, 40%
Benfica SGPS, 23,63%
Luís Filipe Vieira, 3,7%
Rui Costa, 0,04%


BES, 7,97%
José da Conceição Guilherme, 3,73%
Somague, 3,65%
Sportinveste, 2,66%

Cultura do medo = derrota

Na altura decisiva e em qualquer modalidade o medo de perder supera sempre a ambição de ganhar. Não sei como se dá a volta a esta situação mas já estou farto de ver o Benfica perder contra o FCP. Agora foi o basquetebol. Quando parece que está tudo na nossa mão, eis que a confiança dos jogadores azuis e brancos vem ao de cima e faz a diferença. Porra para esta merda. Arrisquem e tenham confiança. Chega de dar desgostos aos adeptos. Nós merecemos ganhar e celebrar vitórias. O jogadores do FCP têm salários em atraso, são piores, têm lesionados, mas na altura H não falham. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Daniel Wass convocado pela Dinamarca para o Euro 2012


Parabéns ao Daniel Wass e à prospecção do Benfica pela convocatória de Daniel Wass para o Euro 2012.

Yartey na selecção do Gana

Parabéns ao Yartey e ao Benfica (e ao Servette) pela convocatória para a selecção principal do Gana.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Nota aberta a Rui Gomes da Silva


Nota aberta a Rui Gomes da Silva,

Evitando entrar na discussão do péssimo e lamentável princípio de ver um dirigente do Benfica num programa de debate televisivo, queria deixar-lhe três notas:

1)  As suas intervenções provam as deficiências da estrutura profissional do futebol. As suas intervenções são sistematicamente fracas e sem qualquer tipo de conteúdo. São vazias de conhecimento.  O senhor não têm a mínima ideia do que é o Benfica, nem tão pouco o que é necessário para gerir uma equipa profissional de futebol que possa atingir a desejada hegemonia desportiva. Está convencido que é através de ataques públicos à arbitragem que vão impedir que o Benfica continue a ser prejudicado. Mas afinal quem deu o apoio incondicional a Vitor Pereira? Que trabalho está a ser feito no interface com outros clubes que possa impedir que por exemplo Sérgio Conceição, Pedro Emanuel, Nuno Espírito Santo e Fernando Couto, sejam treinadores na primeira Liga? Como explicar o caso Manuel Sérgio? Como explicar o escandaloso abandono da equipa de futebol e do seu treinador em Vila do Conde? Em alternativa a colocar nos media o Director de Comunicação  e o treinador a defenderem o indefensável, não teria sido melhor actuar na prevenção e verdadeiramente actuar numa plataforma de unidade? Quem encomendou as críticas públicas ao treinador Jorge Jesus que sistematicamente colocavam em causa a sua continuidade? Será que é o único culpado? António Carraça afirmou que é melhor ficar em segundo do que em primeiro com batota. Eu diria que é melhor ficar em primeiro e impedir que os outros façam batota. É isto que eu espero de uma retaguarda profissional. Com esta estratégia de propaganda o Benfica vai continuar a perder. O Benfica não ataca a verdadeira razão, ie a liderança ou a falta dela. O que me assusta nas suas intervenções é a incapacidade de reconhecer o verdadeiro problema. O seu ciclo terminou...o vosso ciclo terminou. 

2) Afirma conhecer o Senhor José Veiga. Conhece mal. José Veiga não está a por detrás de nenhum movimento de oposição. José Veiga tem ideias claras em relação ao futebol do Benfica e está disponível para um dia voltar. Não está obcecado pelo poder. O senhor é que está obcecado em atacar uma pessoa que serviu o Benfica com jogo rasteiro. Já que fez uma referência a José Veiga podia ter referido que em 2009 não descansou enquanto não conversou com ele sobre a necessidade de trabalhar uma alternativa a LFV. O senhor mudou de casaca por amor ao poder. Vê o Benfica perder e continua agarrado ao poder. Não fale do que não sabe nem fale pelos outros. Aqui não há testas de ferro. Há pessoas que sentem e conhecem o Benfica. Os senhores querem destruir o espírito democrático que sempre imperou no nosso clube. Tenho que reconhecer que estiveram perto. Fico satisfeito por verificar que jovens benfiquistas não se conformam. Regateiam e desmontam teses como a do milagre financeiro. Eles sim representam o verdadeiro espírito benfiquista. Não se conformam com a destruição dos valores do Benfica nem com um clube perdedor. O senhor em vez de substimar devia respeitar e refletir. 

3) Permita-me que eu lhe dê uma lição de estratégia. O problema do Benfica para além da liderança prende-se com uma estratégia errada. Enquanto o nosso principal rival tem uma estratégia de produto, ou seja, focada no futebol o Benfica pela mão do Sportinguista Soares de Oliveira tem uma estratégia de marca. Os senhores estão convencidos que a marca resolve tudo. Como dizia bem Manuel Sérgio, como é possível construir uma marca sem ganhar? Enquanto outros estão focados na equipa de futebol nós anunciamos protocolos com agências funerárias. Talvez este seja o vosso enterro.

Saudações Benfiquistas
Fernando Tavares                    
     

Milagre financeiro?


Milagre financeiro ?

Mai152012
MILAGRE FINANCEIRO?
Acabei de receber um correio com uma série de links para um excelente texto publicado pelo Enorme Boloposte no BnRB e para outro no BENFIQUISTASDESDEPEQUENINOS, ambos (de dia 11 de Maio) a propósito de um slide show (www.slideshare.net) que está a ser divulgado pelos anti Vieira e que pretende ser uma critica aos resultados da gestão do Glorioso (essencialmente da Benfica SAD).

Uma vez mais e por tratar-se de um documento relativo ao tema da minha competência profissional, sinto-me na obrigação de escrever para os leitores d’ OBELOVOAR, por forma a esclarecer e desmentir o que esse documento sugere e afirma. Uma vez mais e como os autores atacam o Benfica porque, aparentemente, não sabem atacar a Direção sem o fazer, sinto-me na obrigação de os vir desmentir, esclarecendo os nossos leitores.

Entretanto, parecem-me exigíveis dois pontos prévios, a saber:

1. Que este vai ser um texto longo, mas que me comprometo a evitar escrever em “economês”; e 
2.  Que este vai ser um texto “para adultos”, porque eu não tenho o talento dos escribas acima citados e não considero que quem tenta manipular os Benfiquistas, ainda mais quando o fazem a coberto da cobardia do anonimato, mereça que usemos de diplomacia para adjetivar as atoardas que escrevem.

Cabe aqui um esclarecimento dirigido aos (muitos) que pensam que o debate entre Benfiquistas se deveria pautar pela máxima elevação e evitar todo e qualquer excesso de linguagem, maioria essa á qual me juntaria de bom grado e me juntarei de pronto, desde que os que desejam atacar o Nosso Presidente e, eventualmente, substitui-lo, o não façam a qualquer preço, sobretudo quando fazem com que seja o Glorioso a pagar esse preço.

O que me move é, exatamente, isso mesmo: defender o Benfica destes ataques “enviesados”!
Por isso me insurgi contra o “desabafo” (sem titulo) do Companheiro Nunomaf, que não hesitou em apoucar o Clube (chegou a apelidá-lo de “edifício decrépito”), nem achincalhar o “suposto diretor desportivo cheio de problemas familiares”, tal como, antes, me tinha insurgido contra as mentiras do Enorme Bcool e contra a suprema demagogia daquele Companheiro que nos agitava o espantalho de uma divida de 2 mil euros.
Vontade de os ofender? Nunca!
Como seria possível tal coisa quando se trata de Companheiros que não conheço.
Vontade de “agredir” esses seus comportamentos? Absolutamente!
Tratando-se de comportamentos que, na minha humilde opinião, colocam em causa o Benfica e contrariam, frontal e expressamente, os Valores que emanam da Nossa História Gloriosa, sinto que cumpro o meu dever de Benfiquista ao desmascarar esses comportamentos, ao criticá-los sem contemplações, advogando a respetiva erradicação definitiva.

Não gostam do meu estilo, ou não concordam com esta justificação?
Estão no vosso pleno direito, tal como eu estou no meu. Eu exerço esta minha opção de escrever e cada leitor exercerá a sua, quer criticando-me, quer deixando de ler o que escrevo, pura e simplesmente.
O que me não parece intelectualmente honesto é considerar que esta Democracia funciona melhor quando temos a liberdade de mentir, achincalhar e fazer demagogia integral, desde que tal venha em favor das nossas preferências enquanto exigimos que os outros, os que discordam de nós, se atenham aos mais rigorosos princípios de civilidade e respeito democrático.
Além de tudo isto, ainda acresce que eu não sei muitos sinónimos “meigos” para palavras como mentira, cobardia ou hipocrisia.

Posto tudo isto (e foi muito), passo a uma critica ao tal “slide show” …

Desde logo, não vou contestar nenhum dos números avançados no documento, não só porque, confesso, não tenho tempo para os ir confirmar, como, principalmente, porque ainda tenho esperança que Companheiros Nossos não cheguem ao ponto de aldrabar os “R&C” da Nossa SAD.
Ainda assim e numa apreciação global ao documento, posso dizer que se trata de uma compilação de tudo o que nas “Contas” da SAD pode ser apresentado sob uma forma negativa, como algo de mau (ou menos bom) e sem nunca, nunca, nunca, referir quais seriam as alternativas de gestão que poderiam inverter esses aspetos.

Vale a pena recordar que o que o Autor (ou Autores) do documento apenas pretendem atacar a gestão de LFV, tentando desmentir um suposto “milagre financeiro” que eu nunca ouvi ser apresentado pelo Presidente como uma das obras da sua Direção. O que todos lemos, ouvimos e vemos, isso sim e é bem diferente, é um Benfica pujante, capaz de fazer todo o tipo de investimentos e sem que se levante nem a mais leve ponta de incredibilidade sobre a sua solidez. Essa é a realidade que, desgraçadamente, os que fizeram aquele documento tentam escamotear, em prejuízo claro do Nosso Clube e sem, por isso, merecerem compaixão.

Como sempre, esta gentalha omite que até uma Empresa irremediavelmente falida pode ser gerida com brilhantismo (e eu conheço vários exemplos), ou seja: a qualidade de uma gestão não se pode medir pelo último balanço conhecido e ainda menos quando se “elegem”, demagogicamente, apenas algumas rubricas do último balanço.
Por mais que os anti Vieira gostassem, os factos demonstram que os sucessivos mandatos deste Presidente trouxeram o Clube de um abismo económico e financeiro (que prescindo de descrever, para não nos expor á dor dessa memória) para uma situação que é, de muito longe, a mais sólida de todos os clubes portugueses, mesmo com a ajuda negativa que tem constituído a péssima remuneração pelos direitos televisivos e ao ponto de prenunciarem a entrada do Glorioso no grupo dos 20 mais ricos da Europa.
Esta é a verdade indesmentível, chamem-lhe “milagre” ou outra coisa qualquer (eu prefiro chamar-lhe uma excelente gestão) e seria bom que todos os anti Vieira deixassem, de uma vez por todas, de tentar apoucar o Benfica por esta via. Qualquer aluno do primeiro ano de um curso de Economia e/ou Gestão, se confrontado com os Nossos “R&C” de há uma década e comparando-os com os mais recentes, ditará esta mesma conclusão geral que enunciei.

Entremos pelos detalhes …

“Sabia que o Passivo do Benfica, as dividas do Benfica, quadruplicaram nos últimos 10 anos?”

Começa assim (e poderia lá não ser assim) esta difamação nojenta e, confesso, já me surpreendem pela falta de imaginação: ao baterem, sistematicamente, nesta mesma “tecla” do “Passivo igual a Dividas” estes candongueiros da contabilidade perdem, de imediato, toda a credibilidade, quer a técnica, quer a Benfiquista.

Mas quando será que esta gente deixará de confundir (manipulando) Passivo com dividas?
Quando é que um deles, um só que seja, nos dará um exemplo de uma Empresa que não tenha Passivo?
Será que as melhores Empresas não “sofrem desse mal”?
Não podemos afirmar que estão nesta mesma situação – um Passivo quadruplicado em 10 anos, todas as Empresas que viveram um crescimento rápido na última década e que realizaram investimentos determinantes?

Como eles não se cansam de esgrimir este espantalho do Passivo da Nossa SAD, eu não posso cansar-me de repetir que qualquer Passivo só assume relevo negativo se não tiver uma relação equilibrada com o correspondente Activo.

E não, não chega referir que o valor do Activo é ligeiramente superior ao do Passivo!
Ao falarmos do Activo da Nossa SAD, temos, obrigatoriamente, de referir que ele está claramente subavaliado e que os cerca de 400 milhões de euros (ME), deveriam ser entre 600 e 700ME, tais são as diversas mais valias potenciais que ele encerra.

Quais?

Pois, uma vez mais, falemos delas e façamo-lo para que, de uma vez, se aquietem estes agitadores:

1)  O contrato de exploração da Marca Benfica, que vale um mínimo de 150ME (pelo critério do valor atual dos cash flow, aplicado em moldes pessimistas) e que deve estar em balanço por menos de 10ME; e
2) O valor total das partes detidas dos “passes” dos Atletas, que eu já avaliei (num texto publicado há cerca de um ano) num mínimo de 250ME e cujo valor de balanço não chega aos 100ME.

Só nestas duas rubricas do Activo da Nossa SAD e sem otimismo, ficam identificadas mais valias potenciais de quase 300ME.E o que é que isto representa?

Considerando a “equação básica da contabilidade” à

Activo = Passivo (Capitais Alheios) + Situação Liquida (Capitais Próprios)
Essas mais valias potenciais “transformariam” os Nossos Capitais Próprios (hoje quase nulos) em mais do dobro do Capital Social (115ME) !!!

Espera lá, Companheiro, que essa análise só seria correta se fosse possível vender todo o Plantel e o tal Contrato de Exploração da Nossa Marca, dir-me-ão vocês e … cheios de razão.
Só que eu respondo que não só não é possível vender isso tudo (e a Catedral e todos os outros itens do Activo), como não seria desejável, nem, sobretudo, temos disso necessidade!

A mais valia potencial “escondida” no Contrato de exploração da Marca, que “custa” uma amortização anual de poucas centenas de milhar, concretiza-se em cada exercício económico em Proveitos de alguns ME, tal como vai acontecendo com as relativas aos passes de Atletas, sempre que alguns vão sendo vendidos e por valores bem acima do que estavam “em balanço”, ou seja, com um Proveito.
Ora como nem todo o Passivo é Exigível (tem de ser pago), aqueles (e outros) Proveitos vão assegurando um “cash flow” suficiente para responder a todas as responsabilidades que se forem vencendo e ainda sobram fundos para reforçar investimentos. A isto é costume chamar-se uma Gestão equilibrada, controlada e responsável.

Outros Benfiquistas perguntarão se não poderíamos “apressar” a redução do Passivo, ao que eu, mesmo recordando que não temos disso necessidade, respondo que sim e indico que há duas grandes alternativas, a saber:

3)  Promover um aumento do Capital Social por entrada de fundos “frescos” e utilizá-los, diretamente, para ir pagando quaisquer responsabilidades que se fossem vencendo (ou, mesmo, antecipando o respetivo vencimento); ou
4)  Executar uma politica de desinvestimentos e redução geral de custos (não renovando contratos com Atletas, não aumentando salários, não investindo em mais Atletas, ou investindo em passes mais baratos, por exemplo), suportando os inerentes riscos (mau desempenho desportivo, saídas “a custo zero”, por exemplo) e tentando obter, por essa via, um aumento dos resultados dos exercícios (pelo menos a curto prazo).

Então, Companheiros?Qual destas duas vias preferem?

A primeira, em que, tal como a osgalhada, perderíamos o controlo da SAD para investidores externos?
Ou a segunda, ficando a competir internamente com as osgas e os pedreiros e externamente, fora da Champions (com o “bónus” de aliviarmos esta pressão sobre o crac que os está a aproximar do precipício)?

Ainda numa linguagem muito simples e numa derradeira tentativa para que todos possam entender a diferença que há entre um negócio que é gerido sem recurso a Capitais Alheios (Passivo) e um outro em que a gestão se faz com recurso exclusivo a esses capitais, aceitem um convite e olhem para o Balanço como aquilo que ele também é: um mapa que mostra a origem do dinheiro envolvido e em que é que ele está aplicado …
Assim, teremos que, de um lado (no Activo), temos os edifícios, os carros, os móveis, o contrato que nos dá o direito a explorar a Marca e os passes dos nossos Atletas, entre outras coisas.
Entretanto, do outro lado, verificamos que aquele dinheiro teve duas origens diferentes: uma parte que pertence á própria Empresa (o Capital Social e as Reservas de Lucros que não foram distribuídos aos acionistas) – os Capitais Próprios, e uma segunda parcela, a dos Capitais Alheios, constituída com toda a guita que conseguimos convencer terceiros a confiar-nos (empréstimos, crédito de fornecedores, etc.).

Vendo as coisas por este prisma, o que podemos concluir?

Muito simplesmente e uma vez que os Capitais Próprios da Nossa SAD são muito pequenos, concluímos que a Administração anda a gerir este negócio com … o dinheiro de outros!
Outros que confiam na Nossa Administração e na capacidade da SAD para continuar a gerar suficiente valor para os compensar por essa confiança (pagando juros, por exemplo)!
Outros que, mesmo sem controlar o nosso negócio (esse controlam-no os que elegemos e em Nosso nome), nos confiam o seu dinheiro (ou o dos seus depositantes).
Nesta situação, ninguém pode ficar surpreendido ao verificar que uma boa parte dos Resultados Operacionais (sempre positivos) da SAD tenha de ser “compartilhada” com quem nos financia o negócio (pagamento de juros).

Espera lá, isso quer dizer que, caso tivéssemos Capitais Próprios em montante suficiente, poderíamos ter mais lucro? Exato! Nesse caso, deixaríamos de ter de entregar a outros uma fatia que já foi de menos de 10ME (antes da crise e da alta das taxas de juro) e que agora se aproxima do dobro.

E agora que todos os leitores ficaram a pensar o pior de todos os Empresários que recorrem a empréstimos (ou qualquer outra forma de Capitais Alheios remunerados), permitam que vos volte a confundir com este pequeno exemplo meramente pedagógico.

Eu vou começar um certo negócio que exige um investimento de 100 e tenho duas alternativas:. na alternativa A, invisto só com o meu dinheiro;
. na alternativa B, não invisto um cêntimo meu e só uso dinheiro de um empréstimo (que garanto com um aval, ou uma hipoteca sobre um imóvel, por exemplo.

Na situação A e no final de um ano, tenho um Lucro (antes de impostos) de 20. Para simplificar, imaginemos que pago 20% de impostos (20% sobre 20 = 4) e embolso os 16 remanescentes, ou seja, tive uma remuneração liquida do meu capital de 16%, o que não é nada mau.
Já na situação B e face ao mesmo Lucro (antes de impostos e Encargos Financeiros) de 20, terei de pagar os juros a quem me emprestou o capital, no valor de, digamos, 10%. Ou seja, agora o meu Lucro antes de Impostos “desceu” para 10 (= a 20 – 10) e, por isso, já só terei de pagar 2 (20% sobre 10) de impostos e embolsarei 8 (= 10 -2).

Chegou a hora da … pergunta “capital”. Aquela pergunta que vos vai confundir. Qual das duas formas de investimento me foi mais rentável?
A formula A que me permitiu uma rentabilidade de 16% num ano?
Ou a B, em que eu tive um lucro “limpo” de infinito%, porque não investi nem um cêntimo (e fui, por exemplo, investir os tais 100 num outro negócio que me deu a mesma rentabilidade)

Recorri a este exemplo simplista para vos convencer de que, em cada negócio e em cada momento, há um equilíbrio ótimo entre as origens (próprias ou alheias) dos capitais que devem ser investidos. Espero que a minha argumentação tenha sido suficientemente clara.

Entretanto e se me perguntarem se eu considero, ou não, que a estrutura de capitais da Nossa SAD é a mais adequada, evidentemente que terei de responder que seria preferível termos mais capitais próprios e mais … direi que estou certo de que os capitais próprios da Nossa SAD vão crescer nos próximos exercícios (com o corrente incluído), na exata medida em que a exploração vai ser lucrativa, apesar da pesada parcela dos encargos financeiros (juros) e apesar de continuarmos a receber uma miséria pelos direitos televisivos.

Nem sequer considero que possa falar-se de “insuficiência de Capitais Próprios”, na medida em que a Administração tem dado provas de não ter a sua atividade limitada por esse desequilíbrio.
Se assim não fosse e ao contrário do que afirmam os anti Vieira, a SAD não poderia ter recusado uma oferta do mamão chupista que significava um aumento de 14ME nos nossos proveitos anuais, durante os próximos cinco anos após 2013.
O facto de o mercado não ter “penalizado” a cotação das Nossas ações após esse comunicado á CMVM (ao contrário, os papeis valorizaram), constitui prova insofismável quer da credibilidade da Administração, quer da confiança que os especialistas depositam na capacidade do Grupo Benfica para gerar e gerir alternativas.

Finalmente e regressando aquela primeira pergunta dos anti Vieira, a minha resposta é muito clara: Claro que sabemos que o Passivo da SAD quase quadruplicou em 10 anos!Já o Passivo Global do Grupo Benfica ficou longe do quádruplo e, mesmo assim, ainda mais longe do crescimento do Activo do Grupo que, corretamente avaliado mais que se multiplicou por … 6!

E vocês, sabem por quanto foram multiplicados os Proveitos?

Bem sei que seria difícil falar de Proveitos em 2003, uma vez que os poucos que tínhamos estavam quase todos a caucionar dividas vencidas e não pagas por Direções anteriores. Essas sim, DIVIDAS, e esses, poucos e pouco proveitosos Proveitos, que nem “descontados” podiam ser junto da banca, por já terem os seus destinos comprometidos para suprir os calotes que o Manuel Vilarinho herdou, numa situação que teria sido inultrapassável sem que o atual Presidente se tivesse “atravessado” com vários milhões de euro do seu património pessoal.

Adiante …

“Sabe que a SAD do Benfica esteve falida em 2009 e que só a retirada do estádio do clube para a SAD permitiu corrigir essa situação?”

Gente mentirosa que não evita nem as mentiras mais descaradas e a difamação mais asquerosa, na sua sanha sangrenta contra um Companheiro que elegemos, reelegemos e reconfirmamos com mais de 90% dos Nossos votos.

Mentira! A SAD nunca esteve falida em 2009, já que, tal como agora, a insuficiência aparente de Capitais Próprios assentava na mesmíssima subavaliação dos respetivos Activos. 
Mentira! O estádio (deveria doer-lhes a boca quando assim se referem á Nossa Catedral) não foi “retirado” ao Clube (com maiúscula, sempre) e pela simples razão que nunca lá esteve.
A Catedral foi construída no quadro de uma Empresa que o Grupo constituiu para o efeito (a Benfica Estádio) e o que se fez foi a fusão dessa Empresa com a Nossa SAD.

E só é verdade que essa operação permitiu a correção da insuficiência contabilística de Capitais Próprios, por que se tratava de um Activo que estava menos subavaliado (sim, que também ele vale mais que o respetivo valor de balanço).

O que é que se pode responder a esta cambada? 

Sim, sabíamos! Nós, os Sócios e Acionistas, sabemos de tudo isso. Não só sabemos como votamos, esmagadoramente, essa operação, quer em AG do Clube, quer em AG de Acionistas.

“E sabia que se não for vendido nenhum jogador até ao final de junho, a SAD terminará esta época novamente falida?”

O que eu sei é que essas contas de merceeiro, tipo “trouche e lebou”, que o Autor fez “presumindo que …” ainda podem vir a ser desmentidas pelos factos, bastando que não seja feita nenhuma venda até ao final deste exercício.Estas bestas de memória e presunções seletivas esqueceram-se de contar com as receitas da Champions no semestre corrente, só podem!
Só nessa linha, aldrabam cerca de 10ME! Coisa pouca, portanto.

Estes bandalhos não se envergonham nem de referir que os resultados operacionais positivos do primeiro semestre do exercício (o segundo de 2011) foram possíveis graças a “vendas muito grandes como Roberto e Fábio Coentrao”.

Roberto?Sim, Companheiros, eles citaram o Roberto.
Um Atleta (a este vou referir-me toda a vida com letra maiúscula, por tudo o que lhe fizemos e pela coragem com que ele nos suportou) cuja venda deve ter gerado um proveito de pouco mais de 1ME (o valor de 1 ano de amortização do respetivo passe)?

Confesso que há momentos em que me pergunto se estes Companheiros sabem mesmo do que estão a falar, ou se não passam de caloiros cábulas de um mau curso de contabilidade, caso em quase poderia sentir pena de tanta ignorância. Se querem um exemplo eloquente disto mesmo, reparem nesta citação: “… mais valias (normalmente um valor mais baixo  pelo qual o jogador é vendido)”.

“Normalmente”, ó ignaros? E que tal escreverem … sempre e por definição (mais valia é a diferença, se positiva, entre o valor da venda e o valor de balanço) !

Mas não, Companheiros. Acreditem que eu consigo ler neste documento a capacidade técnica mais que suficiente para os poder acusar de má fé, de despudorada demagogia e de descarada mentira.

Porque será que nos não perguntam se sabemos que a Nossa SAD, enquanto estiver privada de um valor justo pelos direitos televisivos (faltam dois semestres, podem ficar descansados) e não querendo privar-se de manter os investimentos necessários para acompanhar a valorização do Plantel (seja por renovações, seja por novas aquisições), tem de realizar mais valias com a venda de passes de Atletas?Será porque todos conhecemos essa realidade e há anos? Ou será porque o Presidente o afirmou e reafirmou várias vezes?

“Sabia que o Benfica tem empréstimos a reembolsar no curto prazo (menos de um ano) superiores a 100ME?”

E um pouco mais adiante, na ponto 11 …

“Sabia que entre Dezembro de 2012 e Abril de 2013 o Benfica terá de reembolsar ao mercado mais de 90ME de empréstimos obrigacionistas?”

Entendamo-nos com clareza: o(s) Autor(es) deste documento entenderam começá-lo perguntando se sabíamos que as nossas “dividas” tinham quadruplicado nestes derradeiros 10 anos e que já montam a 400ME, depois, mais ou menos a meio do documento, perguntam-nos se sabíamos que vamos ter de pagar no próximo ano mais de 100ME e, no final do documento, perguntam se sabíamos que, entre dezembro e abril p.f., vamos ter de pagar 90ME em empréstimos obrigacionistas.

Perceberam bem?

Alguém ficou a pensar que “devemos” 400ME, mais 100ME que teremos de pagar dentro de um ano, mais 90ME que se vencem entre dezembro e abril?Não terá sido com essa intenção que “distribuíram” as três perguntas ao longo do slide show?

Pois que ninguém duvide que os 90ME fazem parte dos 100ME e que também estes fazem parte dos 400ME!Ou, melhor, nem sequer os dados são verdadeiros, porque estão incorretas algumas datas de vencimento !
Depois disto ainda vos parece que devemos ser “meigos” com esta gente? Com quem se tenta servir da falta de informação e conhecimentos técnicos de muitos Benfiquistas para os alarmar, mesmo que isso prejudique o Glorioso?
Eu aplaudo quem consegue “dar a outra face” a este tipo de gente. Mais ainda aplaudo os que conseguem rir-se de tais comportamentos e sublinhar o desespero que confessam, mas … eu não sou capaz disso e não consigo deixar de sentir uma revolta profunda pelo mal que estão a fazer ao Nosso Clube.

“Sabia que o Benfica tem hoje uma massa salarial superior a do crac (esta é uma citação incorreta, que eu recuso-me a escrever P….) e que duplicou nos últimos nove anos?”

“Sabia que temos mais de 60 (são 68) jogadores sob contrato?”

“… vista a desagregação dos valores relativos aos salários dos Atletas …”

Vergonha e repulsa pela mentira, não vos assistem?

Todos os Benfiquistas reconhecem o formidável enriquecimento, qualitativo e quantitativo, do Plantel conseguido durante o consulado do Presidente e, nestes termos, temos de considerar que um crescimento médio anual de pouco mais de 7% da massa salarial, ao longo de 9 anos, já seria um bom resultado, mesmo que não fosse acompanhado pela fusão com a Benfica Estádio e o consequente impacto nessa rubrica dos custos.Ou seja e na minha humilde opinião, a incompetência do(s) Autor(es) deste panfleto eletrónico, á mingua de argumentos, vai ao ponto de sublinhar um evidente sintoma de excelente Gestão como se do oposto se tratasse.

E suportam essa interpretação nalguma(s) comparação(ões) com os valores de outros clubes que, tal como o Benfica, se tenham distinguido por um especial reforço dos seus planteis (como seria o caso, bem próximo, da sad de Braga)?
Ora, ora … como se fosse legitimo esperar tal coisa de Companheiros tão “normais”: claro que não!
Preferem, isso sim e mentirosamente, fazer uma comparação impossível com o crac, ainda para mais aceitando “embelezar” o desempenho desse adversário e, só para eles, separando os salários pagos a atletas.

Invulgar comportamento Benfiquista este, não concordam? Mostrar tudo o que de menos bom possamos ter, sublinhar até alguma coisa de boa desde que se consiga fazê-lo de um modo pejorativo e, para cúmulo, fazê-lo comparando com um quadro adulterado e pintado a azul.
Irra, Companheiros!
E ainda dizem que o fazem … “por ti, Benfica?”

Concretamente e para os desmascarar como merecem, eu afirmo que a Administração tem conseguido controlar excelentemente o crescimento da massa salarial, garantindo a sustentabilidade do crescimento qualitativo e quantitativo do Plantel e de todo o “Capital Humano” do Grupo Benfica.Para comprová-lo e aceitando o convite ao recurso a comparações (honestas, claro) com qualquer outra das sad’s existentes em Portugal, basta … fazer as contas: temos, de muito longe, o melhor Plantel e ele custa-nos, quer em amortizações, quer em salários, bastante menos do que são os custos apresentados pelo crac. Acresce que a taxa de crescimento da massa salarial da Benfica SAD não foi, em nenhum destes anos, a maior entre as quatro maiores sad’s existentes em Portugal.

“Sabia que a transferência de um jogador como o Contrão não chega já sequer para contrabalançar as amortizações de jogadores comprados nos últimos anos?” (sublinhado meu).

“Contrabalançar” … ? Palavra estranha, não acham?

Acontece que o que gostariam de usar era o verbo “pagar”, mas tal seria incorreto uma vez que as amortizações … não se pagam (são um custo, mas não uma despesa). Por isso e á forca de quererem “ligar e/ou comparar” um custo com uma receita (o que referem é, apenas, a receita liquida da venda do Fábio, esquecendo o proveito acumulado decorrente da sua transferência), chegam a esquecer-se do que a SAD já tinha ganho com a venda parcial anterior de uma parte do passe ao Benfica Stars Fundo, sem se esquecerem (viva a memória seletiva) da parte que lhe competiu da transferência para o Real.

“… comprados nos últimos anos? ”Limitação estranha, não acham?

Acontece que o que esta gentalha pretende, a todo o custo, não é só “atacar o Vieira”: de preferência o que eles desejariam seria descredibilizar os anos mais recentes da Gestão do Presidente.
Comigo, “vêm de carrinho”, como costuma dizer-se. Não vos permito nem estas pequenas manobras demagógicas, pelo menos sem as desmascarar.
Será que o(s) Autor(es) conhecem o valor das amortizações relativas aos Atletas “… comprados nos últimos anos?”
Não, não conhecem!
E o que fazem, então?
Ora essa: o que fazem em todo o documento – mentir, mentir, mentir.

Para o efeito sugerem que o valor das amortizações de passes dos outros Atletas (os que não foram comprados nos últimos anos) seria tão pequeno que se permitem considerá-lo nulo e, desta forma mentirosa, atribuem a totalidade do valor das amortizações aos tais Atletas “… comprados nos últimos anos”.Omitem, por má fé ou ignorância (que escolha o leitor), que qualquer renovação contratual, mesmo que não inclua um “premio de renovação” e desde que implique um aumento salarial, resulta num acréscimo ao valor contabilístico do passe desse Atleta e, recorrentemente, a um aumento do valor da respetiva amortização anual.
Tanto assim é que eu (mesmo desconhecendo os valores individuais) estou seguro de que a amortização do passe do Luizão (ou do “Tacuara” e já para não falar do “Super Maxi”) deve exceder a soma das amortizações do Nelson, do Melgarejo, do Jardel e do Nolito.

Mas, porque raio de razão é que a venda do Fábio teria de ser suficiente para “contrabalançar” os custos em amortizações dos passes de todo o Plantel?Será que a Nossa SAD não tem outros Proveitos?

Ups!Outros Proveitos, é expressão proibida para esta gentalha, sob pena de terem de reconhecer o “Milagre Financeiro” (que é económico e não financeiro) imputável ao Presidente e ainda que eu continue a preferir chamar-lhe, apenas, excelente Gestão.

Imagino a discussão entre os (prováveis) Autores do documento …“Diacho, não podemos insistir em falar apenas dos custos e das despesas, que os Benfiquistas vão desconfiar ou, ainda pior, pensar que é o “Orelhas” que anda a pagar estas despesas todas do próprio bolso.”
“Tens razão, mas vamos falar de que receitas?”
“Ora essa, das que os Benfiquistas menos gostam: da venda de Atletas”, como se esses Atletas não tivessem sido comprados e/ou formados, antes de poderem ser vendidos.

O “R&C” do exercício corrente irá demonstrar que o Grupo Benfica ultrapassou largamente os 150ME de Proveitos (é obra, caramba!) e estes amestrados (desculpem-me, mas há horas que estou com esta palavra debaixo da língua) insistem em reduzir tudo a uma parcela de cerca de 20% desse montante?

“Sabia que o Benfica, só para pagar juros e amortizar investimentos feitos nos últimos anos em jogadores, tem de vender o equivalente a dois Di Maria (25ME) por ano?”

Como um Fábio lhes parecia curto, toca a multiplicar o Di Maria, especialmente porque nem o mais Vieirista poderá alegar que o Presidente comprou dois Di Maria, ou que poderá comprá-los no futuro.Para além do erro grosseiro quanto aos números, toda a minha argumentação anterior chega e sobra para destruir esta espécie de “raciocínios”.

Falso! Mentirosos! O Benfica não tem de vender nada nem ninguém para pagar juros e amortizar investimentos.O que a Nossa SAD tem, enquanto não conseguir reforçar os seus Proveitos em outras rubricas (como os direitos televisivos ou o “naming” da Catedral, por exemplo), é de obter mais valias pela venda de passes de Atletas e nem de longe necessita que esse acréscimo seja da ordem dos 50ME anuais (valor que, alias, nunca foi conseguido).

“Sabia que o Benfica gasta hoje com juros relativos aos seus empréstimos mais de 20ME por ano devido a subida das taxas de juro e a subida galopante do Passivo?”

“Sabia que o Benfica tem contraído empréstimos para equilibrar a tesouraria, renováveis automaticamente e com taxas de juro crescentes a cada três meses? A cada três meses o empréstimo renova-se e o Benfica paga mais 0,5% de juros ao BES.”

Ou seja, mais do mesmo e com a mesma “técnica”: refere-se a parcela A, sublinha-se a soma das parcelas A e B e, depois, faltando melhor, regressa-se á parcela B

Os Companheiros que ainda resistem á leitura deste texto, já sabem perfeitamente a que correspondem estes quase (não, não são mais de) 20ME em Encargos Financeiros e podem estar seguros de que eles não resultam da “subida galopante do Passivo”

O Passivo, se não fosse a fusão com a Benfica Estádio da qual resultou um aumento ainda maior do Activo, quase não teria crescido nestes últimos 3 anos. O período de forte crescimento quer do Passivo, quer do Activo, foi aquele que traduziu os maiores investimentos estruturais realizados pelas Direções, coisa que todos os Benfiquistas não só sabem como compreendem, perfeitamente.

A Nossa SAD, que nasceu e cresceu com recurso (exagerado) a Capitais Alheios, ficou especialmente vulnerável á crise financeira internacional que resultou numa extraordinária alta das taxas de juro (essencialmente pelo aumento exponencial dos “spreads” impostos pelos Bancos): essa é uma verdade incontestável!

Mas, uma vez mais, esse processo verdadeiramente excecional e imprevisível (apesar de ter sido previsto), acabou por constituir mais uma prova que a Administração da SAD ultrapassou com nota muito elevada, quer pela celebração imediata de uma série de contratos de “swap” que permitiram como que adiar o aumento das taxas, quer pela adaptação mediata dos orçamentos, em ordem a conseguir “absorver” esse acréscimo nos custos.Para demonstrar o que acabo de afirmar, bastará que, quando estiver encerrado o exercício corrente, se avalie a Demonstração de Resultados do triénio (2009-2012), para concluir que a SAD “atravessou esta tempestade com Louvor e Distinção”, coisa da qual não se podem gabar a esmagadora maioria das Empresas.

Ainda assim e porque há anos que, aqui neste OBELOVOAR (e não só), eu venho alertando todos os Benfiquistas para a séria ameaça para a SAD que resulta desta reconhecida dependência de Capitais Alheios, muito eu gostaria que as eventuais e desejáveis candidaturas abordassem o assunto durante a próxima campanha eleitoral, sem se esquecerem de apresentar propostas concretas e credíveis orientadas para a diminuição dos riscos emergentes desta ameaça.

Para terminar a minha argumentação em torno desta “questão dos empréstimos e dos juros”, recorro ao mesmo trunfo, óbvio, que já usei antes (contra as falsas conclusões do Companheiro Bcool): mas que raio de SAD é esta Nossa que, mais que falida, afogada em custos e despesas e já sem Di, Fábio e Roberto para vender, continua a ser uma cliente estimada pelos Bancos, mesmo depois de recusar a “prenda” com que o mamão chupista nos queria envenenar?Será que estes banqueiros não sabem o que andam a fazer com o dinheiro dos seus depositantes, ou será, em alternativa, que eu tenho razão quando afirmo que a Nossa SAD se tornou numa verdadeira máquina de fazer dinheiro (capaz de acrescentar valor aos seus Activos) e, por isso mesmo, um excelente e seguro destino para financiamentos bancários?

Um pouco mais de coragem Companheiros, que nos aproximamos do fim …

“Sabia que o Benfica já não vai pagar o estádio ate 2011, ou até 2013 como disse o diretor financeiro da SAD em 2008? O Benfica por incapacidade contraiu um novo empréstimo no âmbito do Project Finance do estádio, no valor de 63ME, para ser pago até 2024!”

Para verem que, se julgavam que o(s) Autor(es) já tinham descido a um nível ilimitadamente rasteiro, o documento ainda vos vai surpreender e … muito!

Ora bem, começando pelo alegado desejo segundo o qual a SAD iria “pagar” a Catedral (que está paga) até 2011 ou 2013, isso corresponderia a uma enormidade sem tamanho e percetível pelo menos conhecedor dos Benfiquistas que estão mais do que habituados a que os investimentos em imobiliário tenham um horizonte de financiamento (e amortização contabilística) bem mais largo.Portanto e mesmo sem saber quem era o “diretor financeiro da SAD em 2008” (devem estar a referir-se ao Administrador Executivo, Dr. Domingos Soares de Oliveira), tenho a certeza mais do que absoluta que ele nunca terá feito tal afirmação.
Na pior das hipóteses, o DSO poderá ter dito (e eu duvido muito) que o prazo do Project Finance da Catedral expirava em 2011 ou 2013, o que não corresponde, de todo, ao que pretendem citar.
Mais do que isso e mesmo que tal afirmação tivesse sido produzida (resta saber em que contexto), no que seria um erro em qualquer caso, bastaria ter consciência do “terramoto financeiro” que sobreveio a essa data para justificar que ela, tal como todas as outras, nunca pode ser considerada independentemente da data em que teria sido produzida.

Ou seja:. constituiria uma bestialidade insustentável, sobretudo com a estrutura de capitais da SAD, pretender que a Catedral deixasse de servir de colateral em empréstimos a obter, pelo menos antes de estar integralmente amortizada (talvez em 2024, mas não posso garantir);
. por isso e num momento em que a Catedral já só estava a garantir cerca de 72ME de financiamento (o valor atual do PF), nada mais correto em termos de gestão do que aumentar esse valor, por forma a substituir empréstimos com taxas de juro mais gravosas, especialmente após o dealbar da crise financeira internacional; e
. agitar “um espantalho” relativo ao prazo e modo de pagamento dos financiamentos relacionados com a Nossa Catedral, ainda que revelando que dele resulta uma operação de “consolidação de passivos” (alargamento dos prazos de reembolso), constitui uma verdadeira difamação levantada contra a inteligência dos Benfiquistas e a competência e integridade da Administração da SAD.

Bem sei que a maioria dos Companheiros já se estão a dizer qualquer coisa como “estou-me marimbando para o prazo de amortização da Catedral, porque o que eu quero mesmo … são títulos!”.A minha tese é que, nem eu, nem os que assim pensam, nem nenhum Benfiquista deve ser tolerante para com a baixeza com que o(s) Autor(es) do documento aqui em discussão, se permitem tratar o Nosso Clube, com o único propósito de atacar um Homem, um Companheiro, que se tem batido e bem, em prol do Benfica.

Last but not least …

Sabe que o dinheiro do contrato que vai ser assinado com o mamão chupista pode ser antecipado todo nessa altura (entre Dezembro e Abril) só para reembolso destes empréstimos, não vendo um tostão desse contrato no futuro?

Rasteirinhos, ou rasteiríssimos: qual preferem?

Esta cambada, marimbando-se para o Benfica, confessam aqui que têm um único e simples interesse: atacar o Presidente por tudo e pelo seu contrário, por ter e não ter cão, por assinar e por não assinar com o mamão chupista.Eles não têm nenhum programa, nem sequer candidato. Eles não desejam a redução do Passivo, nem o seu aumento, eles não querem a renovação do contrato com o mamão chupista, nem o seu fim, eles não querem que se vendam os Di, nem queram que eles sejam mantidos no Plantel, eles não querem nem mais custos, nem menos, nem os que temos, nem os que possamos vir a ter.
Esta gentalha não quer nadica de nada a não ser uma única coisa: achincalhar o Presidente, custe o que custar!

Demagogia, mentira, confusão, cobardia e tudo o mais que lhes permita sentir que estão a conseguir atacar LFV, tudo serve e em qualquer dose.

Mas, então, esta gentalha não sabe que foi recusada a proposta de renovação do contrato com o mamão chupista, logo eles que sabem que um tal ato de Gestão passa por comunicação obrigatória á CMVM?Imaginam que, depois de recusada essa proposta, ela ainda pode vir a ser assinada? Não só que pode, como que … vai ser assinada?
Que sabem pouco de contabilidade e são movidos por muita má fé, isso já era evidente, mas que não têm nem a mais leve noção de como se pode (e não pode) gerir uma SAD cotada em Bolsa, disso escusavam de se confessar com tanta falta de vergonha.

Infelizmente, há muitos mais Companheiros (sobretudo pela Gloriosasfera fora) que patenteiam a mesmíssima confusão sobre este tema dos direitos televisivos, embora eu esteja convicto de que, na maioria, o façam completamente isentos de má fé. Chegou o momento para tentar esclarecer esta questão.

O Presidente do Grupo Benfica (do Clube, da SAD e da SGPS) deu uma entrevista em Fevereiro passado em que afirmou, sem tibiezas, o seguinte (e o tempo demonstrou que eu tive razão quando escrevi, aqui mesmo, que essas afirmações constituíram a única razão pela qual foi concedida a entrevista):. que esse assunto iria ser decidido até final desse mês;
. que existia um valor (um número mágico) capaz de viabilizar a renovação do contrato ainda em vigor; e
. que, face á ausência de outro operador (e outra proposta), caso esse contrato não fosse renovado, a Benfica SAD passaria a gerir diretamente os seus direitos televisivos.

Não confundam, não se confundam e não percam o vosso tempo a fazer leituras entre as linhas!

O Presidente foi de uma clareza meridiana (nem ele é pessoa para trocadilhos rebuscados) e os factos posteriores vieram confirmar tudo o que ele disse:. uma vez que o “número mágico” não foi atingido, foi tomada a decisão de não renovar o contrato com o mamão chupista; e
. essa decisão foi formalizada na primeira reunião do CA da SAD posterior ao fim de Fevereiro e foi comunicada á CMVM.

Não há mais mas, nem meio mas: o contrato não será renovado e o CA da SAD não está a conduzir nenhuma negociação alternativa ao atual contrato, seja com quem for (e se o vier a fazer, terá de o comunicar á CMVM)!Mais ainda, eu posso garantir que uma tal negociação só se poderia iniciar com outro operador (ou reiniciar com o mesmo), no mínimo dos mínimos sobre um MoU (Memorandum of Understanding) que apontasse para um valor substancialmente superior ao que foi recusado (talvez 25ME anuais, diria eu).

Tudo o que aqui afirmo só poderia ser infirmado caso houvesse ou uma alteração profunda no CA da SAD, ou um novo “terramoto” no mercado. Por menos do que isso, a CMVM não perderia a oportunidade de submeter a Nossa SAD a uma pesada (e justificada) coima.  Nestes termos, esqueçam este tema como “arma eleitoral”, ou seja: podem criticar a opção tomada pela SAD se e como quiserem (já agora, convinha que fossem indicadas alternativas), mas não podem continuar a lançar a confusão sobre o assunto, admitindo hipotéticas manobras dilatórias orquestradas pelo Presidente e pelo mamão chupista (uma “amizade” que já viveu muito melhores dias, como os factos recentes comprovam a saciedade).

Viva o Benfica!
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Escrito por: José Albuquerque
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Reirado do blog: O belo voar da águia