quinta-feira, 31 de maio de 2012
No espaço de poucos dias, Pinto da Costa referiu-se ao Benfica, sem o nomear (o simples facto de o nomear parece que lhe queima a língua) como sendo “o clube do tempo do fascismo”, e chamou “burros” aos benfiquistas, sem nunca os nomear (a sigla do clube só é usada quando os adeptos e jogadores precisam de se animar com uns cânticos onde chamam nomes às mães dos adeptos do clube dos mouros), a propósito da nomeação de Pedro Proença para apitar a final da Champions. O país não se indignou. A imprensa desportiva assobiou para o lado. O estatuto de impunidade dá o direito a PC de insultar quem quer, de caluniar quem lhe apetece e de incitar ao ódio e à violência sem que ninguém o incomode.
Uns dias depois, no Dragão Caixa, o Benfica sagrou-se campeão de basquetebol, vencendo com dificuldade mas com mérito um adversário de grande qualidade, o que deu mais brilho à vitória. No final de um jogo em que o árbitro não interferiu no resultado, os treinadores cumprimentaram-se, como mandam as regras do fair play.
Mas, quando o jogo acabou, a culminar um clima de insultos e intimidação, os ânimos dos adeptos do FCP exaltaram-se. Agrediram os jogadores, levando a que a polícia não conseguisse garantir a ordem e a segurança e que a Taça fosse entregue ao vencedor nos balneários. Ao que se diz, Carlos Lisboa, treinador do Benfica, não terá resistido a responder às provocações e aos insultos com um gesto menos elegante. Tanto bastou para que o chefe do FCP entrasse no ringue e virasse o ónus da violência para o clube vencedor (como fizera com os famosos túneis da Luz), e vituperasse o comportamento da polícia que tentou, em vão, meter os adeptos do FCP na ordem.
No dia seguinte, Luís Filipe Vieira decidiu finalmente responder ao chefe do FCP num discurso duro, pondo em relevo factos que são conhecidos da opinião pública. O que fizeram a maioria dos comentadores (incluindo alguns que se dizem benfiquistas!)? Meteram tudo no mesmo saco: os insultos de PC e o discurso de LFV, o gesto de CL e a violência dos adeptos do FCP. O medo impera. E o servilismo também.
António Pedro Vasconcelos
«O Benfica conquistou o título nacional de basquetebol ao FC Porto, no pavilhão do FC Porto. Foi uma grande “bergônha”. A culpa foi do Carlos Lisboa, useiro e vezeiro, que não só é treinador do Benfica com também se chama Lisboa, só para provocar.
O pavilhão onde tudo se passou é obra recente. Já não é aquele velho pavilhão das Antas para onde o presidente do FC Porto, a 1 de Março de 1994, convocou os jornalistas e os sócios do clube vendo-se forçado a anunciar a iminente chegada ao local da GNR - “a pretexto de que está aqui uma bomba”. Lembram-se? Mas o presidente do FC Porto não se acobardou: “Se estiver aqui uma bomba eu espero que ela expluda!” – disse o grande pacificador, o nosso Dalai Lama da bola. E a casa veio abaixo. Em aplausos, felizmente. Não me entendam mal. Este episódio dramático não foi o princípio de nenhuma era. Foi antes a consagração de um regime já plenamente reconhecido na Assembleia da República e noutros órgãos de soberania. A culpa disto é, foi e sempre será de Lisboa.
E exemplos não faltam. Alguns anos antes, em 1983, quando Lisboa era treinador da equipa de futebol do Benfica que foi às Antas jogar com o FC Porto a final da Taça de Portugal, diligentemente transferida do Jamor, também houve grandes faltas de respeito pelo público da casa.
O Benfica ganhou a final por 1-0, Lisboa não se aguentou, festejou provocatoriamente o saboroso triunfo no campo do adversário e, por culpa do seu treinador, os jogadores do Benfica receberam o troféu no relvado mas regressaram às cabinas com muita, mas mesmo muita dificuldade debaixo de uma grande e mais do que justificada saraivada de legítimo desagrado.
Em 28 de Abril de 1991 voltou-se ao mesmo. Lisboa fora escandalosamente reconduzido como treinador da equipa de futebol que foi ao estádio das Antas ganhar por 2-0. E praticamente conquistar o título outra vez na casa do rival. Também desta feita Lisboa voltou a fazer das suas provocações.. Valeu à honra dos ofendidos a bravíssima intervenção de um polícia “à civil” que “encabeçou um grupo de indivíduos”, pacifistas, que se encarregam de aplicar um espiritual correctivo aos gozões da Capital. E de tal forma que os dirigentes de Lisboa, provocadores, depois de “insultados, empurrados com brutalidade, agredidos a soco e a pontapé” viram-se obrigados, por cobardia, “a refugiar-se dentro de uma ambulância da Cruz Vermelha”, tal como viria a constar do relatório encomendado pelo Ministério da Administração Interna. E foi muito bem feito terem festejado o título dentro da ambulância que, para lhes fazer o gosto e fazer as honras da casa, até era Vermelha, da Cruz.
Alguns anos mais tarde, Carlos Lisboa, por ser eclético, já não era o treinador da equipa de futebol do Benfica mas sim o treinador da equipa de hóquei em patins do Barcelona que foi ao Porto conquistar ao FC Porto a final da Liga Europeia da modalidade. E, perante isto, estavam à espera do quê? Foi outra vergonha a que Lisboa, via Barcelona, foi fazer desta feita ao pavilhão Rosa Mota na presença do então ministro da Administração Interna, Fernando Gomes. Desconheço se houve relatório governamental sobre os incidentes. Mas a verdade é que, devido às atitudes provocatórias do treinador, reincidente nestes comportamentos – de levar o punho esquerdo à nádega esquerda e o punho direito à nádega do mesmo lado, de ambas as vezes com sugestivo ímpeto -, os jogadores de hóquei em patins do Barcelona não puderam festejar o título europeu em campo e tiveram de patinar a mil à hora até ao túnel que os protegeu da justa indignação popular.
Para mal dos nossos pecados, estas situações parecem não ter fim. Este país está numa decadência moral de tal ordem que Lisboa, depois de ter sido treinador de futebol e de hóquei em patins, surge-nos agora como, imagine-se só…, treinador de basquetebol. E não há quem o prenda! Infelizmente, Lisboa não só não mudou nem um bocadinho nestes anos todos como também já vai na terceira modalidade. É, digamos, a imagem viva da impunidade à solta.
Na semana passada, o Porto Canal nem conseguiu celebrar em sossego a sua noite recorde de audiências graças ao grande número de benfiquistas que sintonizaram a estação para verem Lisboa, outra vez - caramba! – a portar-se como o energúmeno que sempre foi e a impedir que os seus campeões pudessem festejar o título, outra vez, na casa do adversário, outra vez. É justo que se diga que durante o jogo, o público comportou-se de forma cívica e desportiva entoando cânticos para Lisboa e Companhia o santo tempo todo: “SLB, SLB, filhos da puta, SLB”. Se Lisboa não gostou do que ouviu a noite inteira não é por ter sangue nas veias em vez de água, como seria desejável a bem da tranquilidade do país. É porque, para além de grosseiro, é também ignorante. O presidente do clube anfitrião até já explicou publicamente, numa roda de jornalistas, que o conceito de “filho da puta” nos círculos em que se movimenta é muito diferente daquele que é atribuído por Lisboa.
Lisboa, sempre Lisboa, oh eterna culpa! Meu querido apagão.»
Leonor Pinhão.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Eduardo Barroso
Eduardo Barroso é presidente da mesa da assembleia geral de um clube que, ao longo dos anos, vem perdendo fulgor em todas as vertentes. Um clube que, enfrentando dificuldades financeiras bastante sérias, esbanja dinheiro a pintar mastros. Mas, o que é que preocupa Eduardo Barroso? O Benfica e o seu treinador CAMPEÃO de basquetebol. É tão ridículo que nem vale a pena acrescentar mais argumentos. Longos anos de dirigismo, na colectividade sportinguista, ao cirurgião Eduardo Barroso.
Scolari explica saída de Vítor Baía da selecção - 29/05/2012
O Pinto da Costa deve ter uma vida difícil. Isto de fazer convocatórias para a selecção nacional, contratar treinadores para 4 ou 5 clubes, colocar jogadores nesses mesmos clubes, distribuir fruta e muitas outras coisas, é sobre-humano. O que dirá o Baía, depois de ter sido um joguete numa estratégia terrorista?
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Uma questão de prioridades
Aprende Rodriguez: no Dragão, em caso de disputa entre uma cebola e uma maça, prevalece a fruta. Sempre a fruta.
domingo, 27 de maio de 2012
O que dá títulos
Para finalizar o assunto dos comunicados, quero só ressalvar que não é isto que dá títulos. Isto só serve para distrair a malta e para os dirigentes resolverem os seus assuntos pessoais. O que dá títulos é uma atempada e correcta programação da época, é uma protecção intransigente dos profissionais e do clube, é o honrar de compromissos e é ser credível para dentro e para fora.
Pinto da Costa ganhamos uma taça a uns caceteiros
Mais declarações cheias de fair-play. O respeito pelo Benfica é por demais evidente! Eu acho que isto só acontece em Portugal. No nosso país tudo é permitido. Nenhumas declarações têm consequências. Pode chamar-se ladrão, traficante, e tudo o que couber num comunicado, que nada disso tem consequências. Se isto não é a república das bananas... Pinto da Costa sempre demonstrou falta de desportivismo para com o Benfica, os seus dirigentes e adeptos e os portugueses do Sul do país. Nas suas declarações sempre houve fina ironia na tentativa de rebaixar o Benfica. Veiga e Vieira entraram no Benfica, com o intuito de jogar segundo as regras de Pinto da Costa. Não sei se este é o caminho correcto ou se existe outro. Quando olho para os nossos vizinhos da 2ª circular, fico ainda com mais dúvidas. Certeza tenho uma, preferia que o jogo fosse mais "limpo". Que os dirigentes respeitassem os adeptos dos outros clubes. Este tipo de declarações seria impensável em Inglaterra, por exemplo. Destroem o futebol e promovem ódios.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Rollerhockey Fans Fight FC Porto vs Barcelona Hoquei em Patins 2000
Estas situações podem acontecer em qualquer lado, mas convém que sejam censuradas pelos dirigentes. Reafirmo, isto pode acontecer em qualquer lado, mas tem que ser censurado. Não há provocação que justifique a violência.
O que o Carlos Lisboa fez foi feio. E isto?
O que aconteceria se os jogadores do Benfica fizessem algo semelhante, denegrindo outra instituição que merece respeito?
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Sem fina ironia
Sobre conquista do título nacional de Basquetebol
Luís Filipe Vieira: “Foi uma vitória desportiva, uma vitória da verdade”
O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, recebeu esta quinta-feira, dia 24 de Maio, os Campeões Nacionais de Basquetebol. Na sua intervenção, o líder “encarnado” elogiou o desempenho da equipa orientada por Carlos Lisboa e lamentou os incidentes registados no final do quinto e último jogo do play-off da modalidade.
“A minha primeira palavra não pode deixar de ser de orgulho, de admiração, de agradecimento a todos vós pela vitória, mas sobretudo pelo exemplo que nos deixaram.
Deram a todo o país uma demonstração clara de tudo quanto ao longo de anos temos vindo a denunciar.
A vossa vitória de ontem não foi apenas a vitória desportiva, não representou apenas o 23.º título a nível do basquetebol, foi uma vitória da verdade, da coragem, foi a vitória de quem soube sofrer as consequências de ir ganhar a uma casa que não tem dignidade nas derrotas!
Parabéns Carlos por seres o treinador e o homem que és!
Parabéns à equipa, porque ontem deram uma enorme demonstração do que é o Benfica!
O que ontem se passou no Dragão é uma vergonha para o Desporto, para o país, uma vergonha para as instituições desportivas!
Só não é uma vergonha para quem não tem, nem nunca teve vergonha na cara!
O que alguns fizeram ontem, mas também na véspera do jogo, foi demasiado grave para ficar impune.
E ainda têm a lata de falar de apagões? Quando a sua história foi marcada por fruta, corrupção e compadrio?
Têm a lata de falar de verdade desportiva quando o seu sucesso foi construído com base na maior mentira do desporto português?
O sistema ainda não acabou. O sistema de hoje continua construído na intimidação, na violência, nos favores.
As nossas razões podem não chegar à UEFA, como não chegaram as “escutas da fruta”, como não chegaram para a justiça portuguesa as “escutas do café com leite”!
Mas nós não vamos parar enquanto não limparmos o desporto português.
Burros não são os que acreditam na mudança.
Burros são os que acreditam que isto nunca vai mudar!
Burros são os que acreditam que a impunidade vai durar para sempre!
Mas será que alguns dirigentes deste país só gostam da actuação da Polícia quando esta os avisa que tem de fugir para não serem presos?
Na vida como nos livros:
Um ladrão não deixa de ser ladrão por declamar poesia!
Um ladrão não deixa de ser ladrão por ir ao Papa!
Um fugitivo da justiça não o deixa de ser apenas porque alguns juízes decidiram assobiar para o lado!
Posso garantir-vos que vamos continuar a denunciar e a combater o sistema, o tempo que for necessário, seja no Basquetebol, no Futebol, no Andebol ou no Hóquei!
Alguns muros já caíram, mas não vou descansar enquanto houver árbitros, delegados e dirigentes que tenham medo, que se sintam condicionados por ameaças e represálias.
Não vou descansar enquanto algumas Federações continuarem a ter medo de agir com liberdade. Só espero que o sistema não venha agora a atacar no Hóquei, porque não tenham dúvidas de que vamos estar muito atentos!
Para o Carlos Lisboa e toda a equipa, o meu muito obrigado pela maneira como vestiram a camisola. Pela forma como lutaram durante o jogo e pela forma como souberam sofrer depois do jogo.
O vosso exemplo orgulha o Clube, orgulha os benfiquistas e orgulha todos aqueles que gostam de ganhar limpo!”
Ola John no Benfica
Grande contratação do Benfica. Muito futebol tem este menino. Finalmente, parece que estamos a aperfeiçoar a nossa estratégia no mercado. Parabéns à direcção do Benfica por esta contratação. Agora, por favor não vendam o Witsel ou o Javi Garcia.
Inevitabilidade cósmica
Quando o conceito de um certo determinismo genético é promovido no sentido da inevitabilidade cósmica, assente em "o nosso destino é vencer", acontecem incidentes como ontem aconteceram no Dragão Caixa.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Benfica - campeão nacional de basquetebol 2011/12
Benfica campeão de basquetebol 2011/12. Negra ganha no Dragão Caixa (53-56).
jogadores do S.L.Benfica
Guarda Redes
Defesas
Médios
Avançados
Estatísticas:
Total de jogadores: 72
Número Guarda-Redes: 7
Número Defesas: 20
Número Médios: 27
Número de Avançados: 18
Retirado do blog: serbenfiquista.com
Guarda Redes
Artur Moraes | ||
Mika | ||
Júlio César | ||
Rafael Copetti | ||
Oblak | ||
Jose Costa | ||
Bruno Varela |
Defesas
Maxi Pereira | ||
Luisao | ||
Garay | ||
Jardel | ||
Capdevila | ||
Emerson | ||
Miguel Vitor | ||
Luis Martins | ||
Andre Almeida | ||
Lindelof | ||
Roderick | ||
Carole | ||
Fabio Faria | ||
Shaffer | ||
Daniel Wass | ||
Leo Kanu | ||
Sidnei | ||
Joao Nunes | ||
Fabio Cardoso | ||
Joao Cancelo |
Médios
Javi Garcia | ||
Gaitán | ||
Aimar | ||
Bruno César | ||
Matic | ||
Nolito | ||
Ruben Pinto | ||
Witsel | ||
Ruben Amorim | ||
Enzo Perez | ||
David Simao | ||
Urreta | ||
Carlos Martins | ||
Nuno Coelho | ||
Fernandéz | ||
Leandro Pimenta | ||
Élvis | ||
Miguel Rosa | ||
Felipe Menezes | ||
Yartei | ||
Airton | ||
Nelson Semedo | ||
Felipe Bastos | ||
João Amorim | ||
Raphael Guzzo | ||
João Teixeira | ||
Diego Lopes |
Avançados
Oscar Cardozo | ||
Saviola | ||
Nelson Oliveira | ||
Rodrigo | ||
Yannick Djaló | ||
Mora | ||
Djaniny | ||
Franco Jara | ||
Alan Kardec | ||
Alípio | ||
Melgarejo | ||
Manuel Liz | ||
Eder Luiz | ||
Helio Vaz | ||
Derlis Gonzales | ||
Sancidino | ||
Helder Costa Hugo Vieira |
Estatísticas:
Total de jogadores: 72
Número Guarda-Redes: 7
Número Defesas: 20
Número Médios: 27
Número de Avançados: 18
Retirado do blog: serbenfiquista.com
Axel Witsel - SL Benfica vs Fc Twente
Vender Witsel, ao fim de um ano de Benfica, é errado. O jogador ainda não rendeu desportivamente para poder sair e financeiramente também não me parece ser a melhor altura. A Bélgica está fora do euro 2012. Na minha opinião, o mais correcto seria vender Cardozo (29 anos e título de melhor marcador do campeonato) fazendo regressar Kardec e dando mais oportunidades a Rodrigo e N. Oliveira.
ALAN KARDEC (Internacional 1x1 Santos) LIBERTADORES DA AMÉRICA 2012 [22 ...
Quando se fala em vender Witsel e Gaitan, eu pergunto: porque não vender Cardozo e Gaitan e recuperar o Kardec que está numa grande fase no Santos.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Análise da época
Agora que a época praticamente acabou e que já está definida a posição do Benfica, penso que está na melhor altura para fazer uma análise da época. Isto tentando ser o mais racional possível e tentando limitar o lado emocional que por vezes tolda o raciocínio.
Ao contrário da anterior que eu considero humilhante (por outros motivos), esta época acaba por ser frustrante. Uma taça da liga, o segundo lugar com direito acesso à fase de grupos da Champions, e os quartos da Champions acabam por serem conquistas emocionalmente insuficientes para alegrar os adeptos. Isto porque o objectivo principal que era o campeonato não foi conseguido, e porque a 11/02 após a jornada 18 estávamos sem derrotas, com apenas 3 empates, e com 5 pontos de vantagem sobre o segundo.
Até aí apenas tínhamos perdido um dos objectivos que era a taça de Portugal contra o Marítimo (uma das revelações desta época). Num jogo onde Jesus rodou jogadores (coisa pela qual é hoje bastante criticado por não ter feito). Num jogo sem Cardozo (castigado), Luisão (lesionado) Jesus deixou no banco Maxi, Javi e Aimar, para além da habitual troca de guarda-redes. A aposta recaiu em Eduardo, Jardel, Ruben, Matic, Rodrigo e Saviola, ou seja demasiadas alterações para um jogo tão difícil. O Marítimo teve muito mérito, e no final também tivemos uma pontinha de azar com Aimar, Rodrigo e Nolito a falhar lances aparentemente fáceis. As alterações ainda são discutíveis, porque algumas foram forçadas e outras podem estar condicionadas com o estado dos jogadores. Agora o Aimar deveria ter entrado mais cedo, antes do grande golo do Marítimo, quando o meio campo já não segurava a bola e o Saviola se arrastava.
A época ficou perdida com os jogos em Guimarães, Coimbra e em casa com o Porto. A partir daí ficou claro para mim que era pouco provável sermos campeões, dado que o adversário estava motivado, e acima de tudo organizado, nós estávamos desanimados, com a contestação em alta.
Em Guimarães após o jogo desgastante fora com o Zenit, e sem poder contar com o Javi, Jesus aposta em Matic, e deixa Witsel no banco. Depois de um jogo e de uma viagem desgastante, jogar apenas com Matic e Aimar no miolo, num campo complicado como é o do Vitória, é muito arriscado. O Guimarães jogou bem, tapou os caminhos da baliza e povoou o meio campo, marcou em lance de bola parada e teve mérito em segurar o resultado. O Benfica mostrou-se incapaz de criar perigo. Ganharíamos se jogássemos com um meio campo mais povoado? Não sei, possivelmente não, pois claramente pareceu faltar frescura física nos jogadores.
Em Coimbra o cenário foi diferente, equipa bem montada, bom jogo por parte do Benfica, pecámos apenas na finalização, onde tivemos várias oportunidades de fazer golo e algum azar, com mérito para os defesas da Académica. Nada a fazer. Tivemos ainda uma situação onde o árbitro cometeu a proeza de transformar um penalty claro onde Aimar é pontapeado numa falta atacante. Curiosamente começava aí uma série de jogos, onde os erros de arbitragem abundaram e penalizaram claramente o Benfica (apenas com uma excepção).
Chegamos ao clássico para jogar sobre brasas. Começamos muito mal, mas depois conseguimos equilibrar o jogo, e inclusive passamos a controlá-lo passando para a frente do marcador. Mas depois Aimar lesiona-se e Jesus faz uma substituição discutível trocando-o por Rodrigo, que entrou mal no jogo. A seguir mamamos um golo numa falha defensiva colectiva. Em seguida lesiona-se Garay e Emerson faz-se expulsar estupidamente. A jogar com menos um fomos encostados às cordas, e como se não bastasse mais um erro de arbitragem ao validar um golo em claro fora de jogo. Muitos aspectos a penalizar o mesmo jogo.
O resto foi a confirmação do adeus ao título. Tivemos um empate em Olhão, onde entrámos mal em campo, e onde até conseguimos jogar melhor com 10 do que com 11. Depois com a derrota em Alvalade, onde não pudemos contar com Aimar devido a uma punição bastante excessiva, comparada com vermelhos directos semelhantes. Aqui tivemos uma exibição descolorida, com muito mérito do Sporting, que embora nos desse muita posse de bola, nos punha em sentido com transições rápidas e onde existiram alguns erros de arbitragem. E finalmente em Vila do Conde, onde claramente já com o título entregue, fizemos os mínimos para sair de lá com um empate. Tivemos a curiosidade de Olegário voltar a arbitrar o Benfica e, certamente por coincidência, a não marcar mais 2 penalties a favor do Benfica tal como tinha feito em Guimarães na época passada, jogo que lhe valeu o jejum de em relação ao Benfica.
Começámos por perder o campeonato logo em Janeiro, onde na reabertura do mercado o nosso adversário fez uma limpeza do balneário, foi buscar 2 reforços (Janko e Lucho), e pôs um elemento para pôr o balneário em sentido (Paulinho Santos). Nós perdemos o Ruben Amorim para o Braga, o Enzo (que não chegou a aquecer) voltou à argentina, e fomos recuperar o André Almeida e o Djaló. A equipa já estava desequilibrada e ainda mais ficou, embora talvez tivéssemos também feito uma limpeza no balneário. Não colmatámos a nossa deficiência no lado esquerdo da defesa (no lado direito também não, mas por acaso não foi preciso), nem ganhámos um extremo credível para o lado direito. Depois foi na sucessão de 3 jogos onde perdemos 7 pontos e o primeiro lugar para o Porto.
Resumidamente perdermos o título porque:
- Equipa desequilibrada por algumas apostas falhadas e saídas forçadas (Emerson, Capdevilla, Ruben Amorin, Enzo Perez, Djaló)
- Quebra de forma de alguns jogadores
- Alguns erros do treinador na abordagem a alguns jogos e em algumas substituições
- Quebra de força anímica da equipa
- Mérito do(s) adversário(s)
- Alguns erros de arbitragem
- Má estratégia na gestão do poder institucional"
Escrito por Phantom74 (retirado do blog: O belo voar da águia)
Twente confirma rutura nas negociações por Ola John
Twente confirma rutura nas negociações por Ola John
Farto desta abordagem ao mercado por parte do Benfica. Todos os anos é a mesma porcaria. Quando se quer, não se perde tempo. Contrata-se e ponto final. Farto de ver o FCP ganhar títulos. Farto de ver o FCP ganhar jogadores que nos interessam. Farto deste Benfica amedrontado.
Ganso a caminho do FCP
Pelos vistos Ganso vai jogar no FCP na próxima época. É, tão só, o melhor 10 brasileiro. Um mago da bola. Se esta contratação avançar é um golpe de génio da direcção portista. Conseguir juntar na mesma equipa 3 futuros titulares da selecção brasileira, que vai tentar ganhar o título mundial em casa, é fabuloso. Alex Sandro, Danilo e Ganso sucedem a Luís Fabiano e Diego e demonstram que o poder negocial do FCP não tem paralelo em Portugal. Aparenta ser uma contratação programada há bastante tempo, tal como a de João Moutinho. Se isto se concretizar só tenho que dar os parabéns ao FCP e lamentar não ter este nível negocial e de planeamento no Benfica. Cá, os craques quando chegam, (Ramires, Witsel?) têm "guia de marcha" ao final do 1º ano, sem se poder explorar devidamente todo o seu potencial. No fundo, o clube funciona como placa giratória no sentido de permitir que os atletas se adaptem às exigências de um clube de top. O problema é que os próprios atletas jogam em função de um futuro contrato e não para o clube, chegando o próprio Benfica ao desplante de resguardar jogadores para salvaguardar futuras transacções. No fundo, a "marca" prevalece sobre as vitórias desportivas.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Aperta com Eles Sá Pinto!
Quando tudo parece correr mal eis que o SCP nos ajuda a aliviar o stress. Aperta com eles, Sá Pinto! OMG! Eles têm um cântico assim! Está tudo doido no Sporting?
domingo, 20 de maio de 2012
Quem manda no Benfica
Quem manda no Benfica?
Há dias (no dia anterior à entrevista de Jorge Jesus à Bola) foi-me garantido que os maiores accionistas do Benfica tinham decidido mudar de treinador. Esta informação foi-me transmitida por alguém (por acaso, portista) muito bem relacionado com os altos comandos do Benfica. A ver vamos se a mudança se vai verificar ou não. O que me deixou perplexo foi o facto dos accionistas poderem impor decisões estratégicas para o clube, diminuindo a margem decisória do presidente da sociedade (que é ao mesmo tempo presidente do clube que é maioritário na Sad).
Estrutura accionista do Benfica:
Benfica, 40%
Benfica SGPS, 23,63%
Luís Filipe Vieira, 3,7%
Rui Costa, 0,04%
BES, 7,97%
José da Conceição Guilherme, 3,73%
Somague, 3,65%
Sportinveste, 2,66%
Estrutura accionista do Benfica:
Benfica, 40%
Benfica SGPS, 23,63%
Luís Filipe Vieira, 3,7%
Rui Costa, 0,04%
BES, 7,97%
José da Conceição Guilherme, 3,73%
Somague, 3,65%
Sportinveste, 2,66%
Cultura do medo = derrota
Na altura decisiva e em qualquer modalidade o medo de perder supera sempre a ambição de ganhar. Não sei como se dá a volta a esta situação mas já estou farto de ver o Benfica perder contra o FCP. Agora foi o basquetebol. Quando parece que está tudo na nossa mão, eis que a confiança dos jogadores azuis e brancos vem ao de cima e faz a diferença. Porra para esta merda. Arrisquem e tenham confiança. Chega de dar desgostos aos adeptos. Nós merecemos ganhar e celebrar vitórias. O jogadores do FCP têm salários em atraso, são piores, têm lesionados, mas na altura H não falham.
sábado, 19 de maio de 2012
Análise tática do estilo de jogo do Barcelona - 25/12/2011
Análise ao futebol total do Barça de Guardiola.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Daniel Wass convocado pela Dinamarca para o Euro 2012
Parabéns ao Daniel Wass e à prospecção do Benfica pela convocatória de Daniel Wass para o Euro 2012.
Yartey na selecção do Gana
Parabéns ao Yartey e ao Benfica (e ao Servette) pela convocatória para a selecção principal do Gana.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Nota aberta a Rui Gomes da Silva
Nota aberta a Rui Gomes da Silva,
Evitando entrar na discussão do péssimo e lamentável princípio de ver um dirigente do Benfica num programa de debate televisivo, queria deixar-lhe três notas:
1) As suas intervenções provam as deficiências da estrutura profissional do futebol. As suas intervenções são sistematicamente fracas e sem qualquer tipo de conteúdo. São vazias de conhecimento. O senhor não têm a mínima ideia do que é o Benfica, nem tão pouco o que é necessário para gerir uma equipa profissional de futebol que possa atingir a desejada hegemonia desportiva. Está convencido que é através de ataques públicos à arbitragem que vão impedir que o Benfica continue a ser prejudicado. Mas afinal quem deu o apoio incondicional a Vitor Pereira? Que trabalho está a ser feito no interface com outros clubes que possa impedir que por exemplo Sérgio Conceição, Pedro Emanuel, Nuno Espírito Santo e Fernando Couto, sejam treinadores na primeira Liga? Como explicar o caso Manuel Sérgio? Como explicar o escandaloso abandono da equipa de futebol e do seu treinador em Vila do Conde? Em alternativa a colocar nos media o Director de Comunicação e o treinador a defenderem o indefensável, não teria sido melhor actuar na prevenção e verdadeiramente actuar numa plataforma de unidade? Quem encomendou as críticas públicas ao treinador Jorge Jesus que sistematicamente colocavam em causa a sua continuidade? Será que é o único culpado? António Carraça afirmou que é melhor ficar em segundo do que em primeiro com batota. Eu diria que é melhor ficar em primeiro e impedir que os outros façam batota. É isto que eu espero de uma retaguarda profissional. Com esta estratégia de propaganda o Benfica vai continuar a perder. O Benfica não ataca a verdadeira razão, ie a liderança ou a falta dela. O que me assusta nas suas intervenções é a incapacidade de reconhecer o verdadeiro problema. O seu ciclo terminou...o vosso ciclo terminou.
2) Afirma conhecer o Senhor José Veiga. Conhece mal. José Veiga não está a por detrás de nenhum movimento de oposição. José Veiga tem ideias claras em relação ao futebol do Benfica e está disponível para um dia voltar. Não está obcecado pelo poder. O senhor é que está obcecado em atacar uma pessoa que serviu o Benfica com jogo rasteiro. Já que fez uma referência a José Veiga podia ter referido que em 2009 não descansou enquanto não conversou com ele sobre a necessidade de trabalhar uma alternativa a LFV. O senhor mudou de casaca por amor ao poder. Vê o Benfica perder e continua agarrado ao poder. Não fale do que não sabe nem fale pelos outros. Aqui não há testas de ferro. Há pessoas que sentem e conhecem o Benfica. Os senhores querem destruir o espírito democrático que sempre imperou no nosso clube. Tenho que reconhecer que estiveram perto. Fico satisfeito por verificar que jovens benfiquistas não se conformam. Regateiam e desmontam teses como a do milagre financeiro. Eles sim representam o verdadeiro espírito benfiquista. Não se conformam com a destruição dos valores do Benfica nem com um clube perdedor. O senhor em vez de substimar devia respeitar e refletir.
3) Permita-me que eu lhe dê uma lição de estratégia. O problema do Benfica para além da liderança prende-se com uma estratégia errada. Enquanto o nosso principal rival tem uma estratégia de produto, ou seja, focada no futebol o Benfica pela mão do Sportinguista Soares de Oliveira tem uma estratégia de marca. Os senhores estão convencidos que a marca resolve tudo. Como dizia bem Manuel Sérgio, como é possível construir uma marca sem ganhar? Enquanto outros estão focados na equipa de futebol nós anunciamos protocolos com agências funerárias. Talvez este seja o vosso enterro.
Saudações Benfiquistas
Fernando Tavares
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