Os portugueses vivem tempos difíceis. Difíceis, porque existe uma enorme indefinição. Exige-se uma clarificação. Na minha opinião, só existem dois caminhos: ficar ou sair da zona euro. É tempo de se estudar o impacto da saída de Portugal e da Grécia da zona euro. Neste momento, estes países encontram-se em estado comatoso e sem expectativas de haver uma evolução positiva. Ora, esta situação é insustentável para o doente e para quem paga o internamento (por exemplo, Alemanha). Qual o interesse de estarmos sujeitos a um programa que nos é imposto, de modo a justificar o financiamento perante as respectivas opiniões públicas, se o programa nos conduzirá inevitavelmente ao descalabro? Durante quanto tempo vai durar esta mentira? Sejamos claros, a austeridade que nos condena é a única justificação que a líder alemã tem para apresentar aos seus conterrâneos, de modo a poder passar o cheque aos países do Sul. O problema desta situação é que a austeridade vai provocar maior necessidade de financiamento à medida que a economia vai afundando. Portugal e a Grécia devem negociar a respectiva saída da zona euro de forma a que o impacto imediato seja o menos penoso possível e de maneira a assegurar financiamento. O tempo urge.